

"Acabou coxinha, acabou mortadela; o papo agora � quibe", diz Kalil no discurso de vit�ria. Acompanhe:
Sua trajet�ria no esporte come�ou no Atl�tico, quando o clube montou uma equipe de voleibol. Entre 1980 e 1983, Kalil coordenou a modalidade e conseguiu t�tulos estaduais e metropolitanos. A partir de 1998 ele se tornou um dos homens fortes do futebol no Galo ao presidir o Conselho Deliberativo e, em 2008, assumiu a presid�ncia do clube.
No comando do Galo, Kalil concentrou os investimentos do clube no futebol, praticamente extinguiu outros departamentos e apostou em grandes contrata��es, como os craques Ronaldinho Ga�cho e Diego Tardelli, para que a equipe conquistasse t�tulos importantes. A estrat�gia deu certo e a gl�ria veio em 2013, com a Ta�a Libertadores da Am�rica. A t�o almejada ta�a, no entanto, tornou-se motivo de pol�mica nesta campanha por causa de um coment�rio feito no dia seguinte da conquista: “Dormir com a ta�a � melhor do que com mulher. Ela acorda calada”, disse Kalil.
A frase, que o cartola diz ser uma brincadeira, foi usada pelo PSDB como exemplo de preconceito contra as mulheres. Como dirigente, Kalil colecionou tamb�m pol�micas e intrigas com torcedores arquirrivais, com v�rios ataques ao Cruzeiro. Algumas de suas falas criticando o clube rival foram usadas por advers�rios durante a campanha deste ano e fizeram com que o atleticano mudasse o tom com a torcida rival.
Desde o in�cio, ele tratou de amenizar as cr�ticas do passado e disse que espera contar tamb�m com os votos da torcida celeste. “Quero ser prefeito de cruzeirenses e atleticanos”, disse. Sua atua��o como dirigente esportivo rendeu convites para que ele se filiasse a partidos pol�ticos desde 2010, quando negou a se candidatar deputado pelo Partido Verde.
Quatro anos depois, ele aceitou disputar uma vaga na C�mara dos Deputados pelo PSB, mas sua campanha durou poucas semanas. Logo ap�s a morte do presidente da legenda – o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente a�reo em agosto de 2014 – Kalil desistiu da candidatura.
Ao seu estilo, o mandat�rio saiu do partido reclamando dos acordos fechados internamente ap�s a morte de Campos e detonando a classe pol�tica. “Nada nesse partido me interessa. O que me interessava caiu de avi�o. Nem piso no partido. Agora estou livre desta merda de pol�tica. N�o vou me rebaixar a ser pol�tico”, disparou Kalil. Em mar�o deste ano, o cartola retomou a rela��o com a pol�tica.
Aceitando convite do PHS para disputar a prefeitura. A legenda de pouca express�o apostou na popularidade de Kalil para atrair eleitores e conseguiu eleger quatro vereadores, se tornando uma das mais fortes na C�mara de BH. O ex-mandat�rio do Atl�tico, no entanto, mant�m uma rela��o amb�gua com a pol�tica e diz que n�o faz planos futuros ou se vai tentar a reelei��o: “Vou tentar a reelei��o se for bem, porque se for uma merda de prefeito, quem � que vai querer me reeleger?”.