PSB cresce em S�o Paulo e favorece plano de Alckmin para 2018

S�o Paulo, 03 - O bom desempenho eleitoral do PSB em S�o Paulo na disputa deste ano, se tornando a segunda legenda em n�mero de eleitores governados, fortaleceu o diret�rio estadual do partido, principal fiador do projeto pol�tico do governador Geraldo Alckmin para 2018. Se no PSDB o tucano ainda n�o tem a certeza de que poder� lan�ar candidatura a presidente da Rep�blica, dentro do PSB paulista, comandado pelo vice-governador M�rcio Fran�a, o plano de levar Alckmin ao Pal�cio do Planalto � prioridade.

"Tenho convic��o de que vamos conquistar ampla maioria dentro do partido para apoiar essa tese", disse Fran�a, que preside o diret�rio estadual da sigla. O desafio, por�m, � convencer o restante do partido, que n�o bate o martelo sobre o apoio. "Considero a candidatura do governador Geraldo Alckmin � Presid�ncia muito importante, mas acho que isso tem que ser colocado mais � frente, quando o cen�rio estiver mais claro", afirmou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

Nos bastidores, dirigentes do partido consideram que a alian�a pode ser vantajosa para ambos os lados. A avalia��o � de que, ap�s a morte dos ex-governadores de Pernambuco Eduardo Campos e Miguel Arraes, os pessebistas ficaram �rf�os de um l�der nacional com for�a para lan�ar uma candidatura pr�pria � Presid�ncia. Um eventual vice do PSB-PE, onde est�o as principais lideran�as, poderia ser uma porta de entrada para o tucano no Nordeste.

Al�m do governador pernambucano, Paulo C�mara, o partido reelegeu no domingo o prefeito do Recife, Geraldo Julio.

Acordo

O crescimento do PSB em S�o Paulo passou por um acordo entre governador e vice. Em cidades em que pessebistas tinham um candidato forte, como Campinas, onde o prefeito Jonas Donizette foi reeleito, o PSDB n�o lan�ou candidato. Na situa��o inversa, como em S�o Jos� dos Campos, o PSB se absteve da disputa.

A dias do segundo turno, Alckmin abandonou a postura discreta que teve na primeira etapa de vota��o e participou de agendas de candidatos de partidos aliados. Em Mau�, foi a um ato de �tila Jacomussi (PSB), que se elegeu. No caso de Guarulhos, embora tenha ficado de fora da campanha no segundo turno por envolver dois candidatos de partidos de sua base (PSB e DEM), o pessebista Gustavo Henric Costa, o Guti, foi o primeiro prefeito eleito a ser recebido pelo tucano no Pal�cio dos Bandeirantes, anteontem, num sinal de prest�gio ao vice, principal articulador da campanha.

Alckmin tamb�m tem buscado se aproximar do PSB fora dos limites de S�o Paulo. Em outubro, esteve no Recife e foi recebido pelo governador Paulo C�mara para um encontro que deixou de fora tucanos locais - o PSDB pernambucano � alinhado ao senador A�cio Neves (MG), outro cotado para disputar o Planalto em 2018.

Em Minas, Alckmin estreita la�os com o prefeito M�rcio Lacerda, que rompeu com A�cio. Recentemente, Alckmin e Lacerda, acompanhados de suas mulheres, passaram um fim de semana na casa do prefeito eleito de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), em Campos do Jord�o.

Outras siglas

Alckmin ainda encontra apoio em outros partidos. "H� setores do PPS que veem esse fortalecimento do PSB, PSDB, PV, DEM, e n�s, em S�o Paulo, como uma boa ideia para uma alian�a de centro-esquerda", disse o presidente do PPS, deputado Roberto Freire. "Hoje falo que o nosso candidato � Presid�ncia, no cen�rio atual, � o Alckmin. Seja ele no PSDB ou PSB", afirmou o presidente do PHS, Eduardo Machado.