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Estado de Minas

Fundador do PSC pede a Lava-Jato que investigue pastor Everaldo

Uma das linhas de investiga��o da Lava-Jato � de que as doa��es oficiais eram uma forma de lavar dinheiro de corrup��o para as siglas e os candidatos


postado em 07/11/2016 15:13 / atualizado em 07/11/2016 15:41

(foto: Daniel Ferreira/CB/D.A Press)
(foto: Daniel Ferreira/CB/D.A Press)

Enquanto partidos tentam articular uma brecha para anistiar o caixa 2, em meio aos avan�os da Lava-Jato com dela��es que devem atingir as principais siglas do Pa�s, um dos fundadores do Partido Social Crist�o (PSC), Vitor Abdala N�sseis, denunciou o candidato de sua pr�pria agremia��o � Presid�ncia em 2014, pastor Everaldo. Em peti��o ao juiz federal S�rgio Moro, em Curitiba, N�sseis pediu que a for�a-tarefa da Lava-Jato investigue o pastor e o secret�rio-geral do PSC, Ant�nio Oliboni.

Na den�ncia, N�sseis pede ainda ao juiz da Lava-Jato que bloqueie os bens de Everaldo e Oliboni. Segundo ele, o pastor e o secret�rio-geral do partido receberam 'vultosas quantias de dinheiro' de empresas investigadas na opera��o 'com ind�cio de pr�tica de crime de lavagem de capitais e organiza��o criminosa'.

Como 'provas' das suspeitas levantadas contra seus correligion�rios, N�sseis anexou � den�ncia comprovantes de doa��es registradas na Justi�a Eleitoral ao PSC e ao candidato � Presid�ncia pela sigla em 2014.

Uma das linhas de investiga��o da Lava-Jato � de que as doa��es oficiais eram uma forma de lavar dinheiro de corrup��o para as siglas e os candidatos.

A tese � uma das maiores preocupa��es dos partidos atualmente com o avan�o da opera��o. At� agora nenhum representante partid�rio havia afirmado que as doa��es recebidas pela sigla eram propinas do esquema de corrup��o na Petrobras.

Para o fundador do PSC, seus correligion�rios receberam 'vultosas quantias em dinheiro oriundo do esquema criminoso'.

"Verifica-se que esses repasses eram peri�dicos e aconteciam � medida que o esquema criminoso se desenvolvia, confiantes na impunidade, protegidos por parlamentares e membros do Executivo, mentores de todo o esquema criminoso", segue a den�ncia.

Desentendimento


A den�ncia encaminhada para a sede da Lava Jato, em Curitiba, n�o � o primeiro epis�dio em que N�sseis, que presidiu o PSC por 30 anos, acusa seus correligion�rios na Justi�a por supostas irregularidades.

Na conven��o do PSC realizada em 17 de julho do ano passado, ele foi destitu�do do cargo de presidente nacional da legenda. Inconformado com o resultado ele est� questionando a conven��o - que classifica como 'fraudulenta' - na Justi�a.

At� o momento, seus questionamentos n�o obtiveram sucesso.

Em manifesta��o a Moro na quinta-feira, 3, a for�a-tarefa da Lava-Jato pediu indeferimento da solicita��o de N�sseis, que pediu para ser cadastrado aos autos do processo.

Segundo os procuradores da Rep�blica que integram a for�a-tarefa, o fundador do PSC n�o atende aos 'requisitos m�nimos' para ser cadastrado nas investiga��es penais da Lava-Jato.

"� poss�vel verificar que, embora os fatos narrados possam se inserir no �mbito do esquema criminoso investigado na Opera��o Lava Jato, eles n�o se relacionam diretamente com o objeto dos autos a que o peticion�rio requereu habilita��o. Os representados Everaldo Dias Pereira e Ant�nio Oliboni n�o s�o partes e n�o trabalharam para as empresas investigadas nos autos em considera��o, n�o apresentando, em uma an�lise pr�via, conex�o com os fatos que fundamentam as investiga��es neles promovidas, o que demonstra que, efetivamente, n�o existe interesse do requerente em ser habilitado aos autos", assinalam os procuradores da Lava-Jato.

Os investigadores informaram ainda a Moro que tamb�m receberam a den�ncia feita por N�sseis e que ainda v�o analisar o caso.

Defesa

Em nota, o departamento jur�dico do Partido Social Crist�o (PSC) esclarece que:

"Vitor N�sseis foi presidente do PSC durante 30 anos, desde a sua funda��o em 1985 at� 2015. Em um processo democr�tico de altern�ncia de poder, ocorrido durante conven��o partid�ria leg�tima, N�sseis foi sucedido por Everaldo Dias Pereira na presid�ncia do PSC, eleito por unanimidade, no dia 17 de julho de 2015.

N�sseis passou, ent�o, a ocupar o cargo de Presidente de Honra do PSC - tamb�m ficou respons�vel pelo desenvolvimento dos trabalhos da Funda��o Pedro Aleixo, onde est� at� os dias de hoje como vice-presidente. Tudo est� registrado em ata notarial (lavrada no 1º Of�cio de Notas e Protestos de Bras�lia-DF, Livro 0007-AN, fl. 081). Ocorre que N�sseis n�o aceitou a sucess�o. Inconformado em ter perdido a presid�ncia nacional do PSC, vem proferindo uma s�rie de ataques infundados ao presidente nacional do PSC, Everaldo Dias, e ao seu secret�rio Geral, Antonio Oliboni. N�sseis impetrou a��o na 25ª Vara Civil de Bras�lia (processo nº 2015.01.1.111705-0), contestando a legitimidade da Conven��o e perdeu. Ele tamb�m informou ao MP de Funda��es de Belo Horizonte sobre essa suposta den�ncia agora feita ao juiz Sergio Moro. Por�m mais uma vez n�o obteve sucesso - o promotor entendeu que os fatos n�o s�o da compet�ncia daquela Promotoria de Justi�a Especializada. O PSC lamenta que a Opera��o Lava Jato, a maior opera��o de combate � corrup��o j� realizada no pa�s, esteja sendo usada como objeto de disputa pessoal por um dos seus quadros."


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