S�o Paulo – O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), afirmou nessa segunda-feira que o ex-presidente do Atl�tico Alexandre Kalil (PHS), seu sucessor na capital mineira, far� uma excelente gest�o ou “ser� cassado nos primeiros 12 meses” de gest�o. A declara��o � uma resposta �s cr�ticas do prefeito eleito � sua administra��o. Perto de deixar a PBH, que comandou por oito anos, Lacerda participou do 5º Encontro dos Munic�pios com o Desenvolvimento Sustent�vel, organizado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), da qual � presidente. Ele disse que Kalil fez uma campanha eleitoral ao estilo do bilion�rio Donald Trump, o candidato do Partido Republicano � Presid�ncia dos EUA. “Agora, ele vai se confrontar com a realidade. Vamos ver como vai ser”.
Lacerda prev� um cen�rio de muita dificuldades para os prefeitos que assuimir�o em janeiro. O principal entrave ser� o corte de verbas diante da recess�o que afeta o pa�s, que vai impossibilitar o mesmo n�vel de gastos. Segundo ele, os munic�pios e os estados ter�o que “apertar o cinto” e citou como exemplo a crise pelo Rio de Janeiro, do qual j� era previs�vel um pacote de ajustes para conter gastos.
Ele considerou urgente repensar as amarras para o ajuste fiscal e defendeu tamb�m que seja uniformizado o entendimento entre os tribunais de conta sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal. Criticou ainda o fato de que cada tribunal interprete a lei de uma maneira, o que gera inseguran�a jur�dica, porque o administrador fica sem como saber agir.
O di�logo com o governo federal foi apontado pelo prefeito como um dos eixos de atua��o da FNP, que pode contribuir na busca por solu��es diante do cen�rio atual de crise econ�mica. “O que n�s da Frente queremos � que o governo federal esteja aberto a discutir mudan�as na legisla��o e mudan�as em processos, em formas de relacionamento com os munic�pios que diminuam os obst�culos, as dificuldades e a burocracia”, explicou.
Lacerda aproveitou o evento tamb�m para criticar o prefeito eleito de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), que anunciou congelamento de tarifas de �nibus. “Isso � uma coisa preocupante, porque os contratos preveem que os munic�pios tem de subsidiar as tarifas. Em BH, por exemplo, isso seria imposs�vel.