
S�o Paulo, 10 (AE), 10 - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva fez um discurso duro contra a imprensa, delegados da Pol�cia Federal, procuradores do Minist�rio P�blico e o juiz S�rgio Moro. O petista tamb�m desafiou seus acusadores a apresentarem provas contra ele, durante um ato, na noite desta quinta-feira, em que recebeu o apoio de pol�ticos, intelectuais e artistas. Lula ainda fez cr�ticas ao governo de Michel Temer (PMDB), em especial � proposta de congelar, em termos reais, os gastos da Uni�o.
Em sua fala, o ex-presidente voltou a dizer que n�o aceita a ideia de que convic��es valham como provas. "Se eu disser a eles a convic��o que tenho deles, vai ficar ruim." Ao atacar a Pol�cia Federal, disse que a institui��o n�o poderia permitir que delegados "comprometidos ideologicamente e politicamente com determinados partidos" fa�am falsas acusa��es. "Eu n�o tenho que provar minha inoc�ncia, eles � que t�m que provar a inoc�ncia deles na acusa��o que fizeram", afirmou Lula.
Embora tenha agradecido aos organizadores e �s pessoas que assinaram um manifesto em sua defesa, o ex-presidente disse que n�o se sentia "confort�vel" em participar do ato, mas, sim, que preferiria participar de um manifesto de acusa��o da for�a-tarefa da Lava-Jato. Segundo ele, a opera��o mente para a sociedade brasileira. Lula acusou ainda os meios de comunica��o de mentir "descaradamente" e de forma perversa.
Aos 71 anos de idade, Lula afirmou estar disposto a se colocar � disposi��o dos acusadores, mas pede que apresentem uma prova concreta. "N�o cometi nenhum crime antes, durante e depois de ser presidente da Rep�blica."
No fim de seu discurso, num dos momentos em que foi mais aplaudido, Lula tamb�m fez criticas ao regime fiscal proposto pelo governo Temer, que pretende limitar gastos p�blicos com a PEC 241.
"As universidades que conquistamos, eles est�o tentando diminuir o or�amento que n�s triplicamos. (...) Gaste com a l�ngua de voc�s, mas n�o com a educa��o desse Pa�s, que � o mais importante investimento. Cortar dinheiro da educa��o � tirar um sonho de que o povo pobre possa ter acesso � alta complexidade das m�quinas", afirmou.