Bras�lia, 12 - Os principais nomes do PMDB na C�mara est�o trabalhando pela reelei��o do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presid�ncia da Casa em fevereiro de 2017, data da pr�xima disputa pelos cargos da Mesa Diretora. O apoio do partido � considerado estrat�gico para qualquer candidato: al�m de ser a legenda do presidente Michel Temer, a sigla tem a maior bancada da C�mara, com 67 parlamentares.
Na articula��o para tentar viabilizar sua reelei��o, Maia conta com o apoio de peemedebistas com influ�ncia na bancada, como o l�der do PMDB na Casa, Baleia Rossi (SP), um dos parlamentares mais pr�ximos de Temer, o ministro dos Esportes e deputado licenciado, Leonardo Picciani (RJ), ex-l�der da bancada, e o deputado L�cio Vieira Lima (BA), irm�o do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB).
A avalia��o dos peemedebistas que defendem a reelei��o de Maia � de que a candidatura dele vem ganhando �musculatura�, principalmente ap�s o PSDB admitir apoiar a recondu��o do deputado fluminense, como adiantou o Broadcast Pol�tico, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, na semana passada. Com este apoio, Maia sai em vantagem em rela��o a uma eventual candidatura do Centr�o -grupo de 13 partidos liderado por PP, PSD e PTB e que ainda n�o decidiu quem ser� o candidato do bloco.
�L�gico que tem uma aproxima��o natural com o Rodrigo. Isso � um facilitador. Pela fun��o que ocupa, ele tem mais contato. Ele � presidente da Casa�, afirmou L�cio Vieira Lima. Recentemente, o peemedebista baiano foi escolhido por Maia para presidir a comiss�o especial na C�mara que debater� pontos da reforma pol�tica, como mudan�as no sistema eleitoral e no financiamento de campanha.
Eduardo Cunha. O apoio � reelei��o de Maia j� � considerado at� mesmo por peemedebistas ligados ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi o principal l�der do Centr�o quando presidiu a C�mara.
�Ele tem sido um bom presidente. O governo n�o tem questionamentos da sua atua��o. E com o apoio do PSDB, a candidatura dele se torna, de pronto, vi�vel�, afirmou Carlos Marun (MS), vice-l�der do PMDB e um dos principais aliados de Cunha na Casa.
Recentemente, o apoio a Maia ganhou mais for�a no PMDB ap�s o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defender publicamente que h� brecha jur�dica para que o parlamentar do DEM dispute a reelei��o. O argumento � de que a recondu��o s� � vedada para presidentes que foram eleitos para mandatos completos, de dois anos, o que n�o � o caso de Maia. O deputado foi eleito em julho para um mandato-tamp�o de sete meses, ap�s Cunha renunciar ao comando da Casa.
Os peemedebistas defensores da candidatura de Maia est�o trabalhando para desmobilizar dois movimentos considerados minorit�rios na bancada do PMDB: um que defende candidatura pr�pria e outro que defende apoio do partido � candidatura do l�der do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), um dos nomes do Centr�o cotados para a disputa. Esses movimentos s�o defendidos por parlamentares descontentes com o governo ou com o pr�prio Maia por n�o terem sido atendidos com cargos ou outras promessas.
Outros candidatos. Embora pessoalmente trabalhe pela alian�a com Maia, o l�der do PMDB mant�m interlocu��o com os outros potenciais candidatos da base aliada � presid�ncia da C�mara, para caso a candidatura do atual presidente da Casa n�o se viabilize.
Na �ltima semana, por exemplo, Rossi discutiu sucess�o tanto com Maia, quanto com lideran�as do Centr�o e at� com o l�der do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), que ainda tenta viabilizar sua candidatura dentro da bancada tucana.
Nas negocia��es, o PMDB tem pedido a 1.� vice-presid�ncia da C�mara, cargo que ter� papel importante at� a pr�xima elei��o presidencial, em 2018. Como o Pa�s est� sem vice-presidente da Rep�blica desde o impeachment de Dilma, quando Temer viajar para o exterior, o presidente da Casa assumir� o comando do Pa�s e o comando da C�mara passa ao 1.� vice-presidente. O deputado Jos� Priante (PMDB-PA) � um dos peemedebistas interessados na indica��o para 1.� vice-presid�ncia.
�S� vamos decidir mesmo na �ltima hora�, afirmou Rossi. Ao adiar o an�ncio oficial de que lado o PMDB estar� na disputa, o l�der do partido tenta evita criar rachas na base aliada, o que pode prejudicar o governo em vota��es consideradas importantes na C�mara.