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Estado de Minas

Prefeitos ricos financiam vereadores


postado em 13/11/2016 10:37

S�o Paulo, 13 - Metade dos vereadores eleitos de Betim (MG) possui uma �d�vida de gratid�o� com Vittorio Medioli (PHS), que tomar� posse como prefeito em janeiro. Um dos candidatos mais ricos da elei��o municipal de 2016, Medioli pagou do pr�prio bolso suas despesas eleitorais e ainda injetou R$ 1,9 milh�o nas campanhas de 228 concorrentes � C�mara Municipal, 11 dos quais foram eleitos.

N�o se trata de um caso isolado. Segundo levantamento do Estad�o Dados, 32 candidatos a prefeito fizeram doa��es que totalizaram pelo menos R$ 50 mil reais a cada um dos postulantes, dentro de um conjunto de 2.537 colegas de partido ou coliga��o que concorreram a vagas em c�maras municipais. As contribui��es foram tanto em dinheiro quanto em material de propaganda ou combust�vel.

Os maiores volumes de recursos foram doados por candidatos com patrim�nio farto e que bancaram as pr�prias campanhas, como Jo�o Doria (PSDB), em S�o Paulo, Rubens Furlan (PSDB), em Barueri, e Flori Luiz Binotti (PSD), em Lucas do Rio Verde (MT), al�m de Medioli - todos eleitos.

Candidatos a prefeito t�m um duplo incentivo para contribuir com as campanhas de vereadores. Em primeiro lugar, eles formam um ex�rcito de cabos eleitorais. E tamb�m montam antecipadamente uma base de apoio no Legislativo, em caso de vit�ria.

Em Lucas do Rio Verde, a situa��o � similar � de Betim: quase a metade dos vereadores eleitos (4 de 9) recebeu ajuda financeira de Flori Luiz Binotti. No total, ele distribuiu R$ 1,14 milh�o, sendo que 28 dos 32 beneficiados n�o passaram pelo teste das urnas.

Binotti doou para sua pr�pria campanha � prefeitura R$ 2,13 milh�es, o equivalente a 97% de tudo o que arrecadou. O patrim�nio declarado pelo prefeito eleito � Justi�a Eleitoral chega a R$ 33,9 milh�es. Lucas do Rio Verde, um polo do agroneg�cio, � uma das cidades mais ricas de Mato Grosso.

J� o patrim�nio do prefeito eleito de Betim � dez vezes maior. Segundo candidato mais rico do Pa�s, com R$ 352,5 milh�es declarados, Medioli doou R$ 4,5 milh�es para a pr�pria campanha.

Justi�a Eleitoral

- Em Barueri, Rubens Furlan chegou a contribuir para 331 candidatos. No total, foram R$ 562 mil. Contados os votos, 18 dos 21 vereadores da cidade foram eleitos com a ajuda do candidato a prefeito. Isso lhe asseguraria quatro anos de mandato praticamente sem oposi��o. O problema do tucano � com a Justi�a: o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode impedir sua posse, j� que o ministro Herman Benjamim acatou parcialmente um recurso que pede a declara��o de inelegibilidade de Furlan.

O candidato teve as contas de 2006, 2009, 2010 e 2011 de sua gest�o anterior na prefeitura de Barueri reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de S�o Paulo (TCE-SP), mas havia obtido decis�es favor�veis na primeira e na segunda inst�ncia da Justi�a Eleitoral que mantiveram o registro de sua candidatura neste ano. Seu maior problema era em rela��o �s contas de 2011, que tamb�m haviam sido reprovadas pela C�mara Municipal em 2013. Sua justificativa era de que uma nova sess�o ocorrida neste ano, ap�s um acordo entre as principais bancadas do Legislativo que o apoiaram na campanha, havia anulado a decis�o de 2013.

Para o ministro do TSE, no entanto, o Legislativo n�o pode anular a reprova��o de contas do Executivo. Por isso, ele ordenou que os autos sejam devolvidos ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para que se analise se h� algum v�cio formal na decis�o de 2013. Por meio de nota divulgada anteontem, a assessoria de Furlan afirmou que a decis�o de Benjamin �n�o � definitiva� e que o registro de candidatura �n�o foi cassado, pois cabe recurso para que o plen�rio se manifeste a respeito�.

O Estado procurou contato com tr�s dos candidatos a vereador de Betim que mais receberam doa��es de Vittorio Medioli, Joaquim Pereira Gon�alves (PTC), Tiago Cassiano (PCdoB) e Edson Monteiro (DEM). Nenhum deles respondeu aos recados deixados com seus assessores. Medioli n�o foi localizado. Em ocasi�es anteriores, ele n�o retornou contatos da reportagem quando procurado.

A assessoria do prefeito eleito Rubens Furlan tamb�m foi procurada e n�o respondeu ao pedido de entrevista.

O prefeito eleito de Lucas do Rio Verde tamb�m foi procurado, por interm�dio de sua mulher, mas n�o houve resposta �s mensagens enviadas para o telefone celular dela. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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