�ndios afetados por obras do Maracan� comemoram pris�o de Cabral

Rio, 17 - A pris�o do ex-governador S�rgio Cabral (PMDB) vem atraindo curiosos desde cedo � sede da Pol�cia Federal (PF), no centro do Rio. No in�cio da tarde desta quinta-feira, 17, chegou ao local um grupo de ind�genas da Aldeia Maracan�, afetada pelas obras de reforma do est�dio do Maracan�, na zona norte do Rio - uma das fontes de propina pagas por empreiteiras a Cabral, segundo o Minist�rio P�blico Federal.

Os �ndios, que trouxeram marac�s (chocalhos), cantavam e dan�avam. "Viemos comemorar, nos regozijamos dessa pris�o. Esperamos por isso h� tr�s anos. Chegou o grande dia", disse o historiador Micael Bar�, de uma etnia origin�ria da regi�o amaz�nica.

"A gente sabia que tinha corrup��o ali. Fomos os primeiros afetados. Ouvi no r�dio que ele estava preso e vim. Ele foi nosso algoz. Fizemos um ritual da purifica��o, que pune quem nos fez mal, e est� caindo um a um: (o empres�rio) Eike Batista, a (ex-presidente) Dilma (Rousseff), agora o Cabral".

Por volta das 13h15, cerca de 50 pessoas estavam observando a movimenta��o de policiais e jornalistas. Elas aplaudiam a pris�o, e culpavam Cabral pela crise no Estado. "Cabral ladr�o!", "Vai pra Bangu!", gritavam.