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Estado de Minas

Mulher de Cabral gastou R$ 57 mil em dinheiro vivo por seis vestidos de festa

O valor das pe�as, segundo os investigadores, foi dividido em sete vezes


postado em 17/11/2016 15:19 / atualizado em 17/11/2016 16:13

A for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato, em Curitiba, detalhou, no pedido de pris�o do ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB), pagamentos em dinheiro vivo feitos por investigados ligados ao peemedebista. O Minist�rio P�blico Federal apontou para um gasto de R$ 57.038,00 em seis vestidos de festa feito pela advogada Adriana Ancelmo, mulher de S�rgio Cabral e ex-primeira-dama do Estado do Rio.

O valor dos vestidos de festa, segundo os investigadores, foi dividido em sete vezes. Em 7 de janeiro de 2014, Adriana Ancelmo fez quatro dep�sitos, um de R$ 5.238,00 e tr�s de R$ 9.900,00. Em mar�o seguinte foram tr�s dep�sitos: um no dia 19 no valor de R$ 6.100,00 e dois no dia 20 nos valores de R$ 7 mil e de R$ 9 mil. O Minist�rio P�blico Federal chamou aten��o para os pagamentos fracionados com valores abaixo de R$ 10 mil.

"O fracionamento dos dep�sitos em valores inferiores a R$ 10 mil indica que os pagamentos foram deliberadamente estruturados para evitar a necessidade de identifica��o do depositante e escapar � fiscaliza��o", diz a for�a-tarefa.

No documento, o Minist�rio P�blico Federal aponta que ao menos, R$ 949.985,01 foram pagos "por meio de dinheiro em esp�cie, dep�sitos em esp�cie em conta corrente e boletos banc�rios pagos em esp�cie".

"Importante registrar que tamanha movimenta��o de recursos em esp�cie foge � normalidade e indica que S�rgio Cabral, Adriana Ancelmo e Carlos Miranda, para ocultar valores de propina recebidos em esp�cie, optaram por adotar mecanismos de lavagem na aquisi��o de tais produtos, evitando, assim, a via banc�ria oficial, na qual todas as transa��es podem ser registradas”, afirma a Procuradoria.

S�rgio Cabral governou o Rio entre Janeiro de 2007 e abril de 2014 em dois mandatos. Os dados sobre os gastos do peemedebista constam da quebra fiscal determinada por S�rgio Moro. A Procuradoria da Rep�blica "colheu, por amostragem, bens adquiridos pelos representados atrav�s de notas fiscais vinculadas ao CPF de S�rgio Cabral, sua esposa Adriana Ancelmo e Carlos Miranda", apontado como operador de propinas do ex-governador.

"Foram oficiados os fornecedores dos produtos para que informassem, entre outros aspectos, a forma pela qual foram efetuados os pagamentos pelos adquirentes. Num total de aproximadamente R$ 3,3 milh�es em notas fiscais, diversos fornecedores informaram que receberam os valores por meio de dinheiro em esp�cie, dep�sitos em esp�cie em conta-corrente e boletos banc�rios pagos em esp�cie", relatou a for�a-tarefa a S�rgio Moro.

No documento, os procuradores destacaram alguns pagamentos. Em 7 de maio de 2014, Adriana Ancelmo comprou m�veis no valor de R$ 33.602,43. Em 12 de agosto de 2015, a ex-primeira-dama pagou R$ 25 mil em esp�cie - de um total de R$ 40 mil - em dois mini buggys.

Entre dezembro de 2009 e julho de 2014, a mulher de Cabral adquiriu eletrodom�sticos por um valor total de R$ 110.262,00 e pagou R$ 7.995,00 em esp�cie, R$ 55.987,00 por meio de dep�sitos em esp�cie em conta corrente, R$ 9.925,00 por meio de boleto banc�rio pago em esp�cie e o restante em cheques.

A Procuradoria afirma que em novembro de 2013, Carlos Miranda adquiriu equipamentos para produ��o de leite por um valor total de R$ 76.260,00. Um dos homens de confian�a de S�rgio Cabral fez o pagamento por meio de dep�sitos em esp�cie em conta corrente estruturados, segundo os procuradores.

Em 12 de fevereiro de 2014, o homem de confian�a de Cabral comprou equipamentos agr�colas num valor total de R$ 122.489,29. Deste valor, R$ 25.828,25 foram pagos por meio de 2 boletos pagos em esp�cie, e R$ 96.661,04 por meio de dep�sitos em esp�cie em conta corrente estruturados.

"Tais elementos permitem concluir, acima de qualquer d�vida razo�vel, que os recursos em esp�cie obtidos com a propina foram utilizados por S�rgio Cabral, Adriana Ancelmo e Carlos Miranda para aquisi��o de bens e produtos para si pr�prios", afirmam os procuradores.

Na decis�o que mandou prender S�rgio Cabral, o juiz federal S�rgio Moro afirmou que "causa certa estranheza’ as ‘aquisi��es vultosas" feitas pela ex-primeira-dama Adriana Ancelmo.

"Causa certa estranheza, por exemplo, a frequ�ncia de aquisi��es vultosas de bens m�veis em esp�cie, como as feitas por Adriana Anselmo, esposa do ent�o Governador, de m�veis com pagamento de R$ 33.602,43 em esp�cie em 05/2014, ou de dois mini bugs com pagamento de R$ 25.000,00 em esp�cie em 08/2015, ou de equipamentos gastron�micos com pagamento de R$ 72.009,31 em esp�cie em 03/2012”, destacou Moro.


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