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Estado de Minas

S�rgio Cabral sai do alto poder para Bangu 8

O peemedebista foi deputado, senador e governador do segundo estado do pa�s e agora teve v�rios bens apreendidos, entre joias, rel�gios e lancha, avaliada em R$ 5 milh�es


postado em 18/11/2016 06:00 / atualizado em 18/11/2016 08:35

Aliado dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, Cabral chegou a ser cotado para substituir Michel Temer como vice-presidente no segundo mandato da petista(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil )
Aliado dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, Cabral chegou a ser cotado para substituir Michel Temer como vice-presidente no segundo mandato da petista (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag�ncia Brasil )

Preso preventivamente por corrup��o e lavagem de dinheiro pela Pol�cia Federal e conduzido para o pres�dio Bangu 8 no fim da tarde de ontem, S�rgio Cabral (PMDB) foi governador do Rio de Janeiro durante dois mandatos, entre 2007 e 2014.

No Pal�cio Guanabara, umas de suas prioridades foi a gest�o da seguran�a marcada pela instala��o das unidades de pol�cia pacificadora (UPPs) em comunidades cariocas comandadas pelo tr�fico de drogas.

Foi um dos principais aliados dos ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Chegou a ser cotado inclusive para substituir Michel Temer como vice-presidente no segundo mandato de Dilma.

Tamb�m foi senador de 2003 a 2006, onde presidiu a Comiss�o do Idoso e participou da elabora��o e aprova��o do Estatuto do Idoso. Exerceu ainda tr�s mandatos como deputado estadual, eleito em 1990, 1994 e 1998. Antes, presidiu a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) entre 1995 e 2003, quando estabeleceu o voto secreto e instituiu um teto salarial no Poder Legislativo estadual.

O patrim�nio acumulado por Cabral est� na mira da for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato. A Opera��o Calicute, nova fase da Lava-Jato, que o deteve nessa quinta-feira, apreendeu joias, rel�gios e uma lancha, cuja propriedade � atribu�da ao peemedebista. Um relat�rio da Pol�cia Federal aponta que a lancha est� avaliada em R$ 5 milh�es.

Ele tinha tamb�m um helic�ptero, vendido em julho deste ano. De acordo com o documento, a lancha, batizada de Mahattan Rio, ficava guardada na marina do Condom�nio Portobello, em Mangaratiba, na Costa Verde. Ali a fam�lia Cabral tem casa de veraneio e costuma realizar festas e receber convidados. Um dos eventos custou R$ 81.160. A lancha est� em nome de Paulo Fernando Magalh�es, ex-assessor de Cabral, tamb�m preso ontem.


REPERCUSS�O


A pris�o de Cabral n�o surpreendeu deputados em Bras�lia. Os parlamentares lembraram que a Opera��o Lava-Jato j� mirava o peemedebista h� algum tempo e avaliaram que Cabral � um dos respons�veis pela crise financeira do estado.

“O PMDB do Rio de Janeiro foi respons�vel por todas as crises que estamos vivendo”, comentou o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), advers�rio pol�tico do grupo de Cabral. O parlamentar disse que n�o celebraria a pris�o do ex-governador e defendeu que, no c�rcere, Cabral tenha seus direitos preservados.

“Ele � um dos respons�veis pela crise, pela gest�o irrespons�vel dos �ltimos anos”, concordou o l�der da Rede Alessandro Molon (RJ). O deputado destacou que a pris�o era algo previsto porque j� havia informa��es de que a dela��o do empreiteiro Fernando Cavendish comprometeria Cabral. Em sua avalia��o, os desdobramentos das investiga��es da Pol�cia Federal devem aumentar a crise no estado. “Ainda vir�o mais informa��es, mais den�ncias”, prev�.

Alessandro Molon avaliou que a pris�o de S�rgio Cabral vai tornar ainda mais dif�cil o debate sobre a crise financeira do Estado do Rio de Janeiro. “A pris�o refor�a a impress�o de que o povo est� pagando uma conta que n�o � sua, mas culpa dos desgovernos que temos tido no Rio de Janeiro”, afirmou, ap�s participar de reuni�o no Minist�rio de Minas e Energia.

Ironia


Um dia ap�s o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) ser preso, seu blog oficial celebrou a pris�o de seu rival e tamb�m ex-governador S�rgio Cabral. O site do pol�tico mostrou ainda que, mesmo depois de preso, as diferen�as pol�ticas n�o ficaram de lado, fez quest�o de ressaltar que a situa��o de Garotinho � “completamente diferente” da de Cabral e insinuou tamb�m que “n�o foi coincid�ncia” terem escolhido quarta-feira para prender um e quinta para prender o outro.

“� evidente que querem associar as duas pris�es, confundir as pessoas para colocarem Garotinho e Cabral no mesmo bolo”, diz o texto publicado �s 8h13 de ontem.

Cabral foi detido por determina��es da Justi�a Federal no Rio e da Justi�a Federal no Paran�, acusado de liderar um esquema de corrup��o envolvendo grandes obras no per�odo em que foi governador do Rio, como o Est�dio do Maracan�, e tamb�m de receber propina em um contrato do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj).


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