O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta sexta-feira, que h� potencial de ressarcimento de mais de R$ 5,5 bilh�es � estatal referente a valores desviados da empresa e que s�o objetos de a��o propostas pelo Minist�rio P�blico Federal e pela Advocacia-Geral da Uni�o.
"A Petrobras vai continuar ao lado do Minist�rio P�blico Federal e das demais institui��es nessa a��o, as a��es de improbidade administrativa que ainda n�o foram ajuizadas ter�o nossa participa��o. Acelerar esse processo � mais uma forma de fazer justi�a a todos", disse Parente.
Parente declarou que a estatal petrol�fera "foi v�tima de crimes praticados por pessoas que se valeram dos seus cargos para sustentar seus projetos pessoais de riqueza e poder".
"Uma min�scula minoria de funcion�rios e executivos envergonhou a imensa maioria de colaboradores e aposentados que constru�ram a grandeza da nossa companhia", disse.
Parente disse que a Petrobras "foi uma v�tima de um esc�ndalo de corrup��o, a companhia n�o se beneficiou de quaisquer atos il�citos revelados pela Opera��o Lava Jato e o Minist�rio P�blico e o Judici�rio reconhecem isso". "A companhia foi prejudicada, tanto financeira quanto moralmente, por atos il�citos cometidos por uma minoria desonesta e criminosa", afirmou Parente.
Ele destacou a um grupo de procuradores da Rep�blica que participaram do evento que a d�vida da companhia cresceu de US$ 21 bilh�es em 2006 para US$ 132 bilh�es em 2015. "Trata-se da maior d�vida corporativa do Brasil, a maior do setor petr�leo em todo o mundo, a segunda maior do continente americano e muitos desses gastos geraram essa d�vida, n�o geram retorno algum para a nossa companhia."
"Esses atos il�citos afetaram moralmente milhares de trabalhadores honestos, �ntegros e competentes da Petrobras, afetaram a imagem da maior companhia do Brasil", disse.
Ele anunciou estrat�gias importantes para eliminar de vez qualquer risco de a��o de corruptos nos neg�cios da petrol�fera. "Reconstruir a credibilidade da Petrobras leva tempo, mas a lideran�a da empresa est� 100% comprometida com esse prop�sito. Refor�amos nosso compromisso de manter a completa colabora��o da nossa empresa com as autoridades que conduzem a Lava-Jato."
Parente assinalou que a companhia "vem implementando uma s�rie de medidas para melhorar os controles internos e a sua governan�a". S�o 21 estrat�gias, ele informou. Uma delas, anotou, "assegura transpar�ncia e efic�cia do sistema de preven��o e combate a desvios, sem preju�zo da agilidade da tomada de decis�o".
"Implementamos um sistema de verifica��o de integridade dos nossos fornecedores e de candidatos �s fun��es de lideran�a", declarou. "Como regra geral as decis�es s�o tomadas por colegiado e n�o mais individualmente. Todos os nossos colaboradores aderiram ao C�digo de �tica ao Guia de Conduta. Uma atitude pro ativa no combate a desvios, fraudes e corrup��o."
Coautora
Lembrou que a Petrobras � coautora das a��es contra os corruptos. "Nossa regra interna � esta, a Petrobras � assistente de acusa��o em todas as a��es penais que envolvem a companhia. S�o exatamente 30 processos contra ex-administradores, executivos de empreiteiras e fornecedores, operadores financeiros e pol�ticos. Nesses processos j� est�o fixadas multas de pelo menos R$ 720 milh�es. A Petrobras vai continuar ao lado do Minist�rio P�blico Federal."
Ele manifestou "como brasileiro, seu integral apoio ao projeto 10 Medidas contra a Corrup��o" - iniciativa do Minist�rio P�blico Federal, em curso na C�mara dos Deputados. Na coletiva de imprensa, os membros da for�a-tarefa da Lava-Jato chamaram a sociedade para se manifestar contra as tentativas do Congresso de mudar o texto do projeto que, segundo a equipe, amea�ada o combate � corrup��o no Pa�s.
"O gesto de hoje n�o est� apenas no valor que a companhia recupera, mas no valor de que ningu�m est� acima da lei. Precisamos persistir na luta contra a impunidade", disse Parente.