
Bras�lia - O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira, 21, durante discurso de abertura do 45ª Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social, no Pal�cio do Planalto, que al�m do d�ficit nas contas p�blicas ao assumir o governo ele encontrou tamb�m "um certo d�ficit de verdade" e que n�o seria poss�vel continuar neste caminho. "� preciso encarar os fatos tal como s�o", disse. "Agora a realidade bate a porta e cobra naturalmente o seu pre�o", disse.
Temer afirmou que "n�o h� dialogo construtivo sem franqueza" e ressaltou que o di�logo � um dos suportes de seu governo "ao lado da ideia de que � preciso reformar para crescer". Disse ainda que seu objetivo de retomar o crescimento � gerar emprego e voltou a destacar que "o dialogo n�o deve ser mero acess�rio, � tra�o fundamental na democracia".
Ao abrir a reuni�o, Temer comentou que "n�o nos falta determina��o para agir, assim como n�o nos falta humildade para escutar" e afirmou que "humildade � menos para falar e mais para escutar". "Nesse conselho teremos canal privilegiado para interlocu��o com diversos setores", afirmou.
Antes de sua fala, Temer cumprimentou cada um dos conselheiros e disse que dava boas-vindas a novos 59 integrantes. O presidente destacou ainda que o grupo atual � mais representativo e destacou que h� o dobro de mulheres nesse Conselh�o. "A mulher hoje � produtora da riqueza nacional", disse. "Vejo nessa sala uma extraordin�ria soma de talento e esp�rito p�blico. Vamos trabalhar para que vejam em n�s um governo de abertura ao di�logo e uni�o de esfor�os."
Ele voltou a destacar tamb�m a import�ncia do legislativo para o governo. "� importante ter o apoio do parlamento para que tudo que n�s produzimos a favor do pa�s seja avaliado", disse.
O presidente afirmou ainda que a governabilidade significa o apoio da sociedade e que os conselheiros agora passam a fazer parte do governo e "ser�o os agentes da governabilidade".
Pacifica��o do Brasil
Temer disse que um dos principais objetivos do colegiado � pacificar o Brasil. Para ele, n�o pode haver uma "cis�o raivosa" entre os brasileiros.
"N�o h� como continuar com o Brasil dividido. Dividido em ideias, n�o tem import�ncia, dividido em conceitos, n�o tem import�ncia, porque a democracia vive da controv�rsia, da contrariedade, por�m argumentativa. N�o pode haver uma cis�o raivosa entre os v�rios brasileiros, n�s que sempre tivemos fama de ser conciliadores e amig�veis", disse o presidente.
Temer afirmou que, ao assumir o governo, em maio deste ano, encontrou o Pa�s imerso em uma das piores crises da hist�ria. Nesse contexto, disse, era necess�rio construir pontes e articular consenso. "Era necess�rio restabelecer rela��o harm�nica entre os poderes", destacou o presidente da Rep�blica.