Bras�lia, 21 - O presidente Michel Temer pediu nesta segunda-feira, 21, para que os integrantes do 45� Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social fa�am propagando positiva do governo. "Comunica��o � fundamental, comuniquem-se pelo governo, os senhores s�o ouvidos a todo momento", disse. "Os senhores podem divulgar, a todo momento, o que est� acontecendo no Pa�s e, ao faz�-lo, fa�am de maneira positiva", completou, durante discurso antes do intervalo para o almo�o.
Temer afirmou que � natural que, quando o governo lan�a algumas teses, haja algum tipo de resist�ncia e refor�ou que justamente por isso � preciso esclarecer � sociedade quais as inten��es do governo. "� preciso uma certa ladainha; � preciso repetir e isso vai entrando no esp�rito e na alma e deixa as pessoas animadas", disse. "� important�ssimo que n�s fa�amos propaganda, no sentido de propagar, o que aqui foi rebatido, discutido."
O presidente comentou as falas feitas por alguns conselheiros durante o per�odo da manh� desta segunda e disse que n�o houve repeti��o de temas, o que "revela desde j� que s�o grandes os problemas do Pa�s".
Temer destacou que se a reuni�o de hoje fosse realizada a dez meses atr�s, um dos temas que certamente entraria em discuss�o era a CPMF e a necessidade de aumento de tributos. Em janeiro, a ex-presidente Dilma Rousseff presidiu a 44� reuni�o do Conselh�o e na �poca tamb�m prometeu implementar uma agenda de ajustes para evitar aumento de impostos. "Nunca mais se falou em aumento de tributa��o, estamos tentando resolver com as medidas; esperamos que o teto seja aprovado no Senado e logo depois vir� a reforma da Previd�ncia", disse Temer.
Ao refor�ar que ter� tr�s etapas - combate � recess�o, crescimento e retomada do emprego - o presidente disse ainda que o governo n�o "age sozinho" e sim "ancorado no setor privado" e citou que fez viagens internacionais com objetivo de trazer o capital estrangeiro.
Ao citar as reformas necess�rias, o presidente lembrou que os Estados est�o praticamente quebrados e que, apesar disso, "temos tido uma compreens�o da classe trabalhadora, claro que h� legitimamente confronto de ideias".
Temer destacou outras reformas necess�rias - como a do setor financeiro e a pol�tica - e disse que neste �ltimo caso, apesar de ser uma prerrogativa do Congresso, o Executivo apoia a sua formula��o. "Aprovar essa PEC (do teto dos gastos) para depois darmos os passos seguintes, e queremos contar com apoio ainda que condicional de senhoras e senhores", afirmou.
Geddel
Temer usou o fim do seu discurso para cumprimentar nominalmente todos os ministros do governo que estavam presentes na reuni�o do Conselh�o no Pal�cio do Planalto.
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que est� no centro de uma crise ap�s ser acusado pelo agora ex-ministro Marcelo Calero de pression�-lo pela aprova��o de um empreendimento imobili�rio em Salvador, n�o estava entre os presentes.
Ao saudar os ministros, Temer afirmou que todos vieram de forma espont�nea e "n�o vieram apenas para o almo�o", referindo-se a recep��o que ele oferecer� aos conselheiros agora no Pal�cio da Alvorada.
Geddel chegou pr�ximo ao meio-dia desta segunda de Salvador e n�o compareceu no Sal�o onde estava sendo realizada a reuni�o - mas seguir� para o almo�o.