A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Rio de Janeiro quer que o Minist�rio da Justi�a garanta refor�o da Pol�cia Federal em Campos dos Goytacazes, "sobretudo para dar seguran�a aos membros da Promotoria e da Justi�a Eleitorais na cidade". O pedido ocorre ap�s serem relatadas amea�as aos promotores e ao juiz da 100ª Zona Eleitoral de Campos, Glaucenir Silva de Oliveira, que determinou a pris�o do ex-governador Anthony Garotinho (PR) na semana passada.
Ele encaminhou um of�cio � Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), em Bras�lia, pedindo que o Minist�rio da Justi�a tome ci�ncia, por meio do vice-procurador geral eleitoral Nicolao Dino, de "recentes casos de poss�vel amea�a � seguran�a dos titulares da 100ª Promotoria Eleitoral e da 100ª Zona Eleitoral", diz a nota divulgada nesta segunda-feira, 21, pela Procuradoria.
No of�cio � PGE, � solicitado que o vice-procurador-geral eleitoral tamb�m informe aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os fatos graves reportados pelo promotor e pelo juiz em Campos.
O pedido � mais um epis�dio envolvendo a pris�o de Garotinho, suspeito de liderar um esquema de compra de votos para vereadores e candidatos aliados a ele em Campos por meio do programa Cheque Cidad�o - que prev� o benef�cio de R$ 200 mensais a fam�lias carentes e teria sido desvirtuado pelo grupo de Garotinho.
O ex-governador teve a pris�o preventiva convertida em domiciliar na sexta-feira, 18, e foi autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral a ir se tratar em um hospital particular. No domingo ele foi submetido a um cateterismo para desobstruir uma art�ria.
No mesmo dia, o juiz Glaucenir encaminhou � Procuradoria Eleitoral uma den�ncia de que o ex-governador e seu filho teriam oferecido propinas de R$ 1,5 milh�o e R$ 5 milh�es ao magistrado para tentar influenciar em suas decis�es.
Pedido de esclarecimentos
Em outro of�cio, enviado ao superintendente da PF-RJ, o procurador regional eleitoral pediu at� quarta-feira (23) dois esclarecimentos ao superintendente Mario Semprine: o motivo que levou � busca e apreens�o de corregedores da PF na delegacia de Campos (e a raz�o por que isso ocorreu ap�s a pris�o de Garotinho) e o esclarecimento sobre eventual comparecimento do ex-governador na Superintend�ncia da PF-RJ antes de ele ser preso. Se tiver comparecido, Sidney Madruga quer ser informado de quem foi contatado e que provid�ncias foram pedidas relacionadas ao delegado que preside o inqu�rito sobre Garotinho em Campos.