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Estado de Minas

Cabral diz que Pez�o o 'apresentou' a secret�rio preso na Calicute


postado em 21/11/2016 20:19

S�o Paulo, 21 - Em depoimento � Pol�cia Federal no dia 17 de novembro, quando foi preso na Opera��o Calicute, o ex-governador do Rio de Janeiro S�rgio Cabral (PMDB) afirmou que seu sucessor, o tamb�m peemedebista Fernando Pez�o, que foi secret�rio e vice-governador na gest�o Cabral, foi quem lhe apresentou Hudson Braga, apontado pela Procuradoria da Rep�blica como um dos operadores de propina em esquema de corrup��o milion�rio do qual Cabral teria sido o l�der em seus dois mandatos (2007 a 2014).

Ainda segundo Cabral, que negou � PF ter se beneficiado de irregularidades e acusou os empres�rios que o delataram de estarem mentindo, Pez�o foi o respons�vel por escolher Hudson para o cargo de subsecret�rio de Obras. Posteriormente, Hugo veio a ocupar o cargo de secret�rio de Obras na gest�o de Cabral no lugar de Pez�o.

Pez�o ocupou a Secretaria Estadual de Obras de 2007 at� 2011 - primeiro mandato de Cabral -, quando, ent�o, assumiu o cargo de Coordenador de Infraestrutura e Hudson assumiu a secretaria. Neste per�odo em que foi secret�rio, Pez�o foi o respons�vel, segundo Cabral, por iniciar a licita��o de reforma do Maracan� para a Copa do Mundo/2014 - as obras de reforma do est�dio s�o alvo da Pol�cia Federal.

Para investigadores da Calicute, a vers�o de Cabral citando Pez�o pode ser uma estrat�gia para tirar o caso da compet�ncia da Justi�a Federal de primeira inst�ncia, no Rio e em Curitiba, e deslocar os autos para o Superior Tribunal de Justi�a, Corte que det�m atribui��o para eventualmente processar governador.

As investiga��es da Procuradoria da Rep�blica no Rio, com base nas dela��es de seis executivos da Carioca Engenharia e da Andrade Gutierrez, apontam que foi exatamente no per�odo em que ocupou a subsecretaria que Hudson teria cobrado a chamada "taxa de oxig�nio" dos empres�rios.

Hudson Braga teve a pris�o preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.� Vara Federal do Rio, e atualmente est� no complexo penitenci�rio de Bangu, mesmo local onde Cabral est� detido. "O mesmo teria participado ativamente do esquema delituoso, por meio do qual teria amealhado indevidamente grande quantia de dinheiro", assinalou o juiz ao decretar a pris�o de Hudson.

O pr�prio advogado do ex-governador, durante o interrogat�rio, o questionou especificamente sobre a obra do Maracan�, na qual, segundo as investiga��es, teria havido a cobran�a de 5% de propina para Cabral e seus aliados.

"Dada a palavra ao advogado do indiciado (Cabral), este perguntou ao declarante sobre quem seria o secret�rio de Obras respons�vel pela licita��o de reforma do Maracan�, tendo este respondido que se iniciou na gest�o de Luiz Fernando Pez�o, como secret�rio de Obras, tendo sido conclu�da na gest�o de Hudson Braga, tendo a obra sido acompanhada pela EMOP (Empresa de Obras P�blicas do Estado do Rio)", segue o depoimento de S�rgio Cabral.

O ex-governador ainda ressaltou que Pez�o teria participado de suas reuni�es com empres�rios. Ao ser questionado sobre os encontros com os executivos da Andrade Gutierrez Alberto Quintaes, Rog�rio Nora de S� e Clovis Primo, o peemedebista afirmou que "n�o sabe precisar o n�mero de vezes" que teria se encontrado com eles, "mas que sempre atendia executivos das diversas construtoras, quando era procurado ou at� quando os convocava para eventual controle de obras, sendo que nessas reuni�es sempre havia o titular da pasta, no m�nimo, e nestes casos em geral o secret�rio de Obras", afirmou.

O ex-governador disse ainda que "nunca recebeu individualmente" nenhum executivo nestes encontros, que ocorriam no Pal�cio Guanabara e Pal�cio das Laranjeiras durante sua gest�o.

Ainda em rela��o a Hudson, al�m da suposta cobran�a de propina que teria operacionalizado, as investiga��es apontaram que ele teve uma evolu��o patrimonial incompat�vel e que teria utilizado seus familiares para lavar dinheiro. "As investiga��es sugerem que as atividades empresariais desse investigado, que envolvem seus familiares ('laranjas'), afiguram-se incompat�veis com seu padr�o socioecon�mico anterior � constitui��o das sociedades, bem como apresentam acr�scimo patrimonial suspeito, o que pode se relacionar com atos de lavagem de dinheiro", apontou o juiz Marcelo Bretas ao decretar a pris�o de Hudson.

Procurado pela reportagem, o governo do Rio informou que n�o iria comentar o caso.


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