Planalto tenta minimizar impacto da crise Geddel nas vota��es no Congresso

Bras�lia, 25, 25 - Com a demiss�o do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o posto de principal articula��o com o Congresso vai ter um v�cuo que pode atrapalhar o "cora��o" do governo do presidente Michel Temer, que s�o as chamadas reformas para tentar reativar economia.

Apesar disso, interlocutores do presidente, tentam minimizar a possibilidade de que a vota��o da PEC do teto dos gastos, que tem o primeiro turno no Senado marcado para o pr�ximo dia 29, seja adiada. Um interlocutor de Temer destacou que ele sempre teve um papel de articulador com os congressistas e caso seja necess�rio ele atuar� mais fortemente no contato com os parlamentares para tentar garantir que a mat�ria avance.

Hoje, depois de receber a c�pula tucana para um almo�o no Pal�cio da Alvorada, o senador e presidente do PSDB, A�cio Neves, disse que durante o encontro defendeu que o presidente Temer envie para o Congresso o texto da Reforma da Previd�ncia logo ap�s o primeiro turno de vota��o da PEC 55. "� ideia dele e n�s estimulamos que seja ap�s o primeiro turno e antes do segundo turno, n�o h� necessidade de esperar essa vota��o", afirmou.

Interlocutores do Planalto dizem que Temer vai escolher com calma o substituto de Geddel, mas reconhecem que a defini��o n�o pode demorar muito justamente para que o trabalho da Secretaria de Governo siga normalmente. At� que um substituto seja escolhido, a secret�ria-executiva Ivani dos Santos, que � servidora da C�mara e foi durante muito tempo chefe de gabinete da lideran�a do PMDB, assumir� a pasta de Geddel Vieira Lima. Apesar disso, s�o praticamente m�nimas as chances de que ela permane�a no cargo, que � estritamente pol�tico e precisa de um perfil bastante articulador e com boa rela��o com os parlamentares.

A exonera��o de Geddel Vieira Lima foi publicada hoje em edi��o extra do Di�rio Oficial da Uni�o. O ministro entregou carta de demiss�o ao presidente Michel Temer na manh� dessa sexta-feira ap�s revela��o, ontem, de que Calero disse � Pol�cia Federal que o presidente Michel Temer interveio em favor dos interesses pessoais do Geddel. Segundo Calero, Temer pediu para que ele resolvesse o impasse.