
O ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, disse, por meio de sua assessoria, que n�o vai comentar sobre o fato de o ex-ministro Marcelo Calero ter dito em entrevista ao Fant�stico que foi orientado por "amigos da Pol�cia Federal" a fazer grava��es que respaldassem suas acusa��es contra o presidente Michel Temer, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima.
"O que eu fiz, at� por sugest�o de alguns amigos que tenho na PF, nos momentos finais, para me proteger e para dar o m�nimo de lastro probat�rio sobre aquilo que eu relatei no meu depoimento, eu fiz algumas grava��es telef�nicas, ou seja, de pessoas que me ligavam", disse o ex-ministro.
Calero afirmou que entre essas grava��es h� uma conversa dele com o presidente da Rep�blica, Michel Temer, por telefone. "� uma grava��o absolutamente burocr�tica, inclusive eu fiz quest�o que essa conversa fosse muito protocolar. Tive a preocupa��o de n�o induzir o presidente a entrar em qualquer tema para n�o criar prova contra si", complementou.
A reportagem apurou, contudo, que o Pal�cio do Planalto estranhou a afirma��o do ex-ministro e busca identificar quem da Pol�cia Federal orientou Calero a gravar o presidente da Rep�blica e outros envolvidos no epis�dio.
Calero acusou a c�pula do governo de pression�-lo para interferir numa decis�o do Iphan nacional que embargou a constru��o de um pr�dio em Salvador onde ex-ministro Geddel comprou um im�vel na planta. Temer, Padilha e Geddel sustentam que solicitaram apenas que o caso fosse remetido do Iphan nacional para an�lise da Advocacia-Geral da Uni�o (AGU).