Temer defendeu ainda a necessidade de se gastar menos, gerir "com compet�ncia" os recursos p�blicos e "gastar aquilo que se arrecada", disse. Ao abordar as medidas "fundamentais" para a economia, o presidente citou a PEC 55, que est� no Senado e estabelece um teto para os gastos p�blicos tendo como par�metro a infla��o do ano anterior.
Temer voltou a citar, inclusive, um discurso feito pela ex-primeira ministra Margaret Thatcher, no Parlamento do Reino Unido, no qual ela defendia que n�o existe um dinheiro p�blico e outro privado. "N�o. O dinheiro p�blico vem do setor privado", disse Temer. "E todo e qualquer programa precisa ser muito bem ajustado, e ajustado � realidade hist�rica e pol�tica que o Pa�s atravessa", acrescentou.
Temer participou nesta ter�a-feira da entrega do Pr�mio M�rito Brasil de Governan�a e Gest�o P�blicas. Antes do in�cio da cerim�nia, foi observado um minuto de sil�ncio em respeito ao acidente a�reo que vitimou membros da Associa��o Chapecoense de Futebol e jornalistas, na Col�mbia.
No in�cio de sua fala, Temer lamentou novamente o acidente com a equipe da Chapecoense e informou que a Aeron�utica e o Itamaraty ajudar�o os familiares. "� um fato trist�ssimo".
Durante a cerim�nia, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, recebeu um dos pr�mios em nome da institui��o. Tamb�m foram premiados o Departamento de Engenharia e Constru��o (DEC) do Ex�rcito, o Hospital de Cl�nicas de Porto Alegre, o Banco do Nordeste (BNB), o Minist�rio da Educa��o (MEC) e a Caixa Econ�mica Federal.
Al�m dessas seis institui��es, foram premiadas cinco cidades em fun��o dos servi�os oferecidos � popula��o, uma de cada regi�o do Pa�s: Aragua�na (TO), Fortaleza (CE), Nova Andradina (MS), S�o Jos� do Rio Preto (SP) e Ararangu� (SC).
Manifesta��es
Temer voltou a dizer que o governo n�o deve se preocupar com as manifesta��es, que elas s�o leg�timas desde que n�o usem de viol�ncia e fazem parte da democracia. "Desde que pautadas pela legalidade, n�s n�o temos que nos preocupar (com as manifesta��es). Temos que admiti-las como fruto da democracia", afirmou.
O presidente citou as manifesta��es, que come�aram em 2013, e diz que elas demonstram que as pessoas querem efici�ncia nos servi�os p�blicos e nos servi�os privados. "� por isso que ao longo do tempo t�m acontecido as manifesta��es", disse.
Movimentos estudantis e sociais esperam reunir nesta ter�a-feira, na Esplanada dos Minist�rios, em Bras�lia, 20 mil pessoas num ato contra o governo Michel Temer. No rastro da crise provocada pelos questionamentos �ticos envolvendo o Planalto e os ex-ministros Marcelo Calero (Cultura) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), os organizadores do evento pretendem realizar o maior protesto na capital no mandato do atual presidente.
Com o grito de ordem "Fora Temer", as entidades criticam a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, a antiga PEC 241, que limita o crescimento dos gastos p�blicos da Uni�o, e a Medida Provis�ria que estabelece mudan�as no ensino m�dio.
Assim como fez na noite desta segunda-feira, 28, quando participou de um evento com empres�rios e pediu otimismo e colabora��o, Temer tamb�m fez um apelo � plateia do pr�mio para que ajudem o Pa�s a sair da crise. "Estou vendo p�blico atento, capaz de reproduzir as necessidades do Pa�s e confiar no Pa�s", disse, destacando que "o pessimismo puxa para tr�s e otimismo leva pra frente".
Pr�mio
Na cerim�nia, �rg�os como Banco Central, Caixa Econ�mica e Minist�rio da Educa��o foram premiados. "Eu me sinto muito feliz porque o TCU tem falado comigo sobre o t�pico da governan�a e dei o apoio poss�vel. Quando vejo premiar o BC, o Mendon�a Filho (ministro da Educa��o), a Caixa Econ�mica, eu digo: o governo est� no caminho certo", afirmou Temer.
O presidente disse ainda que um fato que chamava aten��o na premia��o � o fato de �rg�os dos governos estarem sendo prestigiados por quem fiscaliza o poder p�blico. "O controle externo aplaude o controle interno", disse, ressaltando que "sem governan�a adequada n�o seremos pa�s justo e desenvolvido que todos aspiramos".
Temer afirmou tamb�m que os v�rios Poderes do Estado precisam se entrosar para o Pa�s crescer e se desenvolver e que a efici�ncia e boa gest�o t�m papel chave para o futuro do Brasil. "O TCU tem uma tarefa constitucional e vem cumprindo este papel com muita adequa��o. Precisamos nos entrosarmos, os organismos em geral. Para que possamos fazer o Pa�s crescer e se desenvolver", concluiu.