Ap�s mais de nove meses de negocia��o, a Odebrecht concluiu na tarde desta sexta-feira a fase de assinatura dos acordos de dela��o premiada com o Minist�rio P�blico Federal. Entre ontem e hoje, 77 executivos e ex-executivos da empresa formalizaram o acordo de colabora��o com a Lava-Jato e a partir da semana que vem come�ar�o a prestar depoimentos para confirmar o que prometeram contar sobre o esquema de corrup��o e propina no qual se envolveram. Entre os executivos que assinaram o acordo est�o o patriarca e o presidente do Conselho de Administra��o do grupo, Em�lio Odebrecht, e seu filho, o ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht.
Os executivos j� detalharam, em anexos, o que v�o dizer e em troca j� sabem a pena que ir�o cumprir. Marcelo Odebrecht, por exemplo, cumprir� uma pena total de dez anos, na qual deve permanecer at� o final de 2017 na cadeia. Depois, passa a dois anos e meio de pris�o domiciliar, onde progride para o semiaberto e, por fim, para o regime aberto.
A empresa tamb�m negociou um acordo de leni�ncia, assinado ontem, no qual se compromete a pagar uma multa no valor de R$ 6,8 bilh�es. O dinheiro ser� parcelado em 23 anos e dividido entre Brasil, Estados Unidos e Su��a.
Ainda n�o h� calend�rio definido pelos investigadores sobre a ordem em que os executivos ser�o ouvidos a partir da semana que vem. Toda a negocia��o � mantida em sigilo pela PGR e por advogados. Ontem, a Odebrecht divulgou � sociedade um pedido de desculpas.
S� depois da colheita dos depoimentos o material poder� ser enviado ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele precisa homologar os acordos de dela��o para que os fatos narrados pelos delatores possam ser usados em investiga��es.