Para a entrega do pr�mio, os procuradores brasileiros foram at� o Panam�, com seus pr�prios recursos.
A entidade havia recebido 560 nomea��es de iniciativas de combate � corrup��o em todo o mundo, entre eles a investiga��o conduzida por 185 jornalistas de todo o mundo sobre os Panama Papers ou iniciativas na Turquia. Mas optaram por dar aos brasileiros num momento em que a tens�o entre os poderes no Brasil aumenta e, para procuradores, o pr�prio esfor�o do grupo estaria amea�ado.
“A Opera��o Lava-Jato come�ou como uma investiga��o local de lavagem de dinheiro e cresceu para se tornar a maior investiga��o at� hoje sobre corrup��o no Brasil”, apontou a entidade.
“Os procuradores est�o na linha de frente das investiga��es desde abril de 2014. Lidando com um dos maiores esc�ndalos de corrup��o do mundo - o caso Petrobras - eles investigaram, processaram e obtiveram penas pesadas contra alguns dos mais poderosos membros da elite pol�tica e econ�mica do Brasil”, disse.
Segundo a Transpar�ncia Internacional, 240 den�ncias j� foram feitas, com 118 condena��es totalizando 1,2 mil anos de senten�as de pris�o. “Isso incluiu pol�ticos de alto escal�o e empres�rios antes considerados como intoc�veis”, apontou.
Resist�ncia
A entidade tamb�m destacou a iniciativa dos procuradores por reformar leis no Brasil, com as dez medidas contra a corrup��o. Mas alertaram que, no final de novembro, a C�mara dos Deputados votou uma nova vers�o do pacote, esvaziando parte das propostas e permitindo que ju�zes e procuradores sejam processados.
“A nova vers�o corre o risco de afetar a independ�ncia de ju�zes e procuradores”, alertou a Transpar�ncia Internacional.
“Bilh�es de d�lares foram perdidos para a corrup��o no Brasil e os brasileiros disseram basta � corrup��o que est� arrasando o pa�s”, disse Mercedes de Freitas, presidente do Comit� do pr�mio Anticorrup��o da Transpar�ncia Internacional. “A Opera��o Lava-Jato est� garantindo que os corruptos, seja qual for seu poder, sejam levados � Justi�a”, disse.