S�o Paulo, 06, 06 - O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), considerou no final da tarde desta ter�a-feira, 6, que o posicionamento de integrantes da Mesa Diretora da Casa em n�o acatar a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presid�ncia do Senado n�o � uma afronta � Corte.
O petista foi um dos que assinou o documento em que a c�pula do Senado mant�m Calheiros no posto. O posicionamento da Mesa ocorreu ap�s o ministro do STF, Marco Aur�lio Mello, ter determinado ontem, por meio de liminar, a sa�da do peemedebista do comando da Casa.
"A manifesta��o de Mesa n�o se confronta com o Supremo. Ela � uma manifesta��o que inclusive pede prazo para o presidente Renan, para ele se manifestar. E a principal manifesta��o da Mesa, a que assinei, pede para aguardar a decis�o do pleno do Supremo. Eu acho que isso � o que deve prevalecer", afirmou Viana.
A expectativa � de que o plen�rio do STF se re�na amanh� para discutir a perman�ncia de Renan na presid�ncia do Senado. "Temos que aguardar decis�o do pleno de amanh�. Fico torcendo para que depois da decis�o n�o tenha mais uma crise, mas a decis�o � do Supremo e n�o podemos discutir isso", considerou.
O senador informou tamb�m que em meio �s discuss�es sobre a elabora��o do documento assinado pelos integrantes da Mesa esteve no STF.
"Estive no Supremo. Acho que na posi��o que estou tenho que estar sempre no di�logo. Numa hora dessas precisa se conversar. Conversei com os ministros", afirmou.
Antes de revelar a ida ao STF, o petista ressaltou que conhecia o entendimento da presidente da Corte, C�rmen L�cia, a respeito de toda a crise institucional gerada a partir da liminar aceita por Marco Aur�lio. "Acho que o Pa�s n�o suporta mais outra crise. Sei da inten��o da ministra C�rmen L�cia. Ela est� muito sens�vel. O pr�prio ministro Marco Aur�lio por ter colocado na pauta de amanh� j� � um gesto importante para o Pa�s", ressaltou o senador.
Questionado se ir� manter a agenda de vota��es previstas para os pr�ximos dias, Viana lembrou que as atividades na Casa tamb�m s�o conduzidas em acordo com l�deres das bancadas.
"Sou de um partido que foi v�tima de um processo pol�tico. N�o estou considerando isso neste momento. N�s temos uma discord�ncia enorme com essa agenda, com essa pauta que est� colocada, mas ela � resultado de um acordo de l�deres."
Entre os temas que s�o motivos de diverg�ncia est� a chamada PEC do Teto que estabelece limites de gastos p�blicos. A proposta � a principal aposta do governo Temer para tentar equilibrar as contas p�blicas e sofre forte oposi��o do PT. No calend�rio discutido com os l�deres partid�rios, ela consta na pauta de vota��o do plen�rio da pr�xima ter�a-feira, 13.