
Rio - As joalherias nas quais o ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB), sua esposa, Adriana Ancelmo, e colaboradores compraram grande quantidade de joias de alto valor ser�o investigadas por participa��o ou coniv�ncia com o crime de lavagem de dinheiro, afirmou nesta quarta-feira, 7, o procurador da Rep�blica Jos� Augusto Vagos.
Vagos lembrou que a venda das joias sem nota fiscal, como j� foi comprovado, implica crime tribut�rio, mas, pela lei, "se o sonegador pagar o tributo, ele fica impune". "O Brasil � um dos �nicos pa�ses em que isso � poss�vel", disse Vagos, em entrevista coletiva que iniciada na manh� desta quarta na sede do MPF do Rio.
Como algumas das joalherias emitiram notas fiscais ap�s a deflagra��o da Opera��o Calicute, que levou � pris�o de Cabral e colaboradores no �ltimo dia 17, essas empresas poderiam ser isentadas do crime tribut�rio. No entanto, h� ind�cios de participa��o das joalherias no crime de lavagem de dinheiro. Vagos garantiu que as investiga��es continuam.
Segundo o procurador da Rep�blica Eduardo El-Hage, tamb�m seguem as investiga��es sobre a presta��o de servi�os do escrit�rio de advocacia de Adriana Ancelmo para o grupo EBX, holding do empres�rio Eike Batista. Por enquanto, n�o h� elementos para incluir Eike na den�ncia. Segundo El-Hage, Eike prestou depoimento e apresentou "in�cio de documenta��o que daria suporte" � exist�ncia dos servi�os prestados.
Ainda conforme o procurador, Eike alegou que, na �poca em que contratou o escrit�rio, o ex-marido de Adriana, S�rgio Coelho, era s�cio da banca. Assim, o fato de a Pol�cia Federal n�o ter encontrado documentos sobre os servi�os prestados no escrit�rio de Adriana poderia ter a ver com a "cis�o" da sociedade. "A investiga��o n�o est� finalizada", disse El-Hage.