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Estado de Minas

Ex-assessora de S�rgio Cabral relata que despesas pessoais pagas com propinas superavam R$ 220 mil


postado em 09/12/2016 00:12 / atualizado em 09/12/2016 08:02

Em depoimento � Pol�cia Federal (PF), a ex-secret�ria e ex-assessora do ex-governador do Rio de Janeiro S�rgio Cabral (PMDB) Sonia Ferreira Baptista contou que o peemedebista tinha gastos mensais de cerca de R$ 220 mil, incluindo despesas com funcion�rios, m�dicos, condom�nio, seguro de carros e outras. Ainda segundo ela, esses pagamentos de Cabral e da fam�lia de seu primeiro casamento eram quitados por Carlos Miranda, que a Procuradoria chama de Homem da Mala, e Luiz Carlos Bezerra, outro acusado de ser operador financeiro de Cabral e que tamb�m � r�u na Opera��o Calicute.


Atualmente, o pol�tico est� no segundo casamento e sua atual mulher, Adriana Ancelmo, est� presa, assim como ele, ambos alvos da Opera��o Calicute, desdobramento da Lava-Jato. Miranda e Bezerra s�o apontados pela Procuradoria da Rep�blica como os respons�veis por receber e movimentar a propina destinada ao grupo criminoso supostamente liderado por Cabral.

Sonia compareceu � Superintend�ncia da Pol�cia Federal no Rio para prestar depoimento ap�s ser intimada pelos investigadores, que apuram a movimenta��o financeira da organiza��o de Cabral e que teria movimentado R$ 224 milh�es em propinas. Ela contou aos investigadores que conhece o ex-governador h� 32 anos, tendo sido secret�ria do pai da primeira mulher de Cabral, al�m de ter trabalhado para o ex-governador na Assembleia Legislativa do Rio quando ele virou presidente da Casa e, posteriormente, como comissionada no escrit�rio do peemedebista no Rio quando ele foi senador.

A partir de 2007, quando Cabral assumiu o governo do Rio, Sonia disse que passou a gerenciar “a vida e gastos pessoais da fam�lia do primeiro casamento de S�rgio Cabral com Suzana Neves Cabral (primeira mulher do ex-governador)”. Em seu depoimento, Sonia n�o cita os nomes de nenhum dos filhos do peemedebista e nem faz acusa��o a seus familiares, mas revela que quem cuidava dos pagamentos era Carlos Miranda. “Que n�o gerenciava valores, mas apenas fazia uma rela��o de gastos e encaminhava para Carlos Miranda para que o mesmo pudesse fazer os pagamentos necess�rios”, relatou Sonia � PF.

CONTRATOS Ela disse ainda ter entrado como s�cia na empresa de consultoria Gralc por iniciativa de Miranda, dono da companhia. Com apenas 1% na sociedade, Sonia diz que nunca recebeu nenhuma remunera��o por seu papel na empresa, mas que as “contas pessoais de S�rgio Cabral eram levadas at� Carlos Miranda na sede da empresa Gralc para pagamento”. Com apenas um funcion�rio e criada quando Cabral chegou ao governo do estado, a Gralc recebeu R$ 13 milh�es por supostas consultorias entre 2007 e 2014, muitos dos pagamentos vindos de empresas que os investigadores suspeitam ser de fachada.

Al�m disso, Miranda foi citado por ao menos seis delatores como o indicado por Cabral para receber as propinas da ordem de 5% acertadas entre empreiteiros e o ent�o governador relativas aos contratos de obras milion�rias do governo do Rio. Al�m de Miranda, Sonia citou Luiz Carlos Bezerra, outro acusado de ser operador financeiro de Cabral e que tamb�m � r�u na Opera��o Calicute. Em rela��o a ele, ela disse manter uma rela��o de “coleguismo” e que costumava encontr�-lo em campanhas pol�ticas de Cabral.

Propinas de R$ 25 milh�es

O Minist�rio P�blico Federal aponta que a propina exigida � empreiteira Andrade Gutierrez pelo ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB), durante sua gest�o, alcan�a a fortuna de R$ 25 milh�es. Os valores sa�ram de contratos de obras firmados entre o estado e a companhia. Cabral � r�u por corrup��o, lavagem de dinheiro e quadrilha/pertin�ncia � organiza��o criminosa. Ele foi preso em 17 de novembro na Opera��o Calicute. Est� recolhido no Bangu 8. Sua mulher, Adriana Ancelmo, tamb�m foi capturada por ordem da Justi�a Federal e ocupa uma cela na ala feminina do Bangu. A acusa��o da Procuradoria da Rep�blica aponta para um “esquema de carteliza��o de empreiteiras e pagamento de propina a agentes p�blicos em grandes obras de constru��o civil realizadas pelo denunciado S�rgio Cabral, algumas delas custeadas com recursos federais”.


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