Michel Temer (PMDB), presidente da Rep�blica
“No jantar, acredito que considerando a import�ncia do PMDB e a condi��o de possuir o vice-presidente da Rep�blica como presidente do referido partido pol�tico, Marcelo Odebrecht definiu que seria feito pagamento no valor de R$ 10.000.000,00. Claramente, o local escolhido para a reuni�o foi uma op��o simb�lica voltada a dar mais peso ao pedido de repasse financeiro que foi feito naquela ocasi�o. Inclusive, houve troca de e-mails nos quais Marcelo se referiu � ajuda definida no jantar, fazendo refer�ncia a Temer como 'MT'”.
Eliseu Padilha (PMDB), ministro da Casa Civil
“Ele atua como verdadeiro preposto de Michel Temer e deixa claro que muitas vezes fala em seu nome. Eliseu Padilha concentra as arrecada��es financeiras desse n�cleo pol�tico do PMDB para posteriores repasses internos.”
Moreira Franco (PMDB), secret�rio de Parceria de Investimentos do governo
“Acredito que h� uma intera��o orquestrada entre ele e Eliseu Padilha para capta��o de recursos para o seu grupo do PMDB, pois Moreira Franco me solicitou um apoio de contribui��o financeira, mas transferiu a responsabilidade pelo recebimento do apoio financeiro para Eliseu Padilha”
Eduardo Cunha (PMDB), ex-presidente da C�mara
“Nas vezes em que me reuni com o deputado Eduardo Cunha sobre assuntos legislativos de interesse da empresa, sabia que os pagamentos feitos me creditavam uma situa��o confort�vel e que seriam um elemento de atendimento �s quest�es da Odebrecht, utilizei portanto esta for�a.”
Romero Juc� (PMDB), senador
“O pagamento que o senador Romero Juc� solicitou foi aprovado por Carlos Souza, que autorizou junto a �rea de opera��es estruturadas, conforme e-mail datado de 27 de abril de 2012. Esse pagamento foi feito em contrapartida ao decisivo apoio dado pelo senador Romero Juc� durante o tr�mite do PRS 72/2010. Acredito que o valor total desses pagamentos seja da ordem de R$ 4.000.000,00, embora n�o me recorde com precis�o. Esses pagamentos, segundo me foi dito por Romero Juc�, n�o seriam apenas para ele, mas tamb�m, como j� havia ocorrido em outras oportunidades, para Renan Calheiros.”
Geddel Vieira Lima (PMDB), ex-ministro
“A rela��o criada com Geddel n�o se resumia a apoios financeiros em per�odos eleitorais. Era muito mais forte do que isso. Geddel recebia pagamentos qualificados em per�odos eleitorais e em per�odos n�o eleitorais.”
Jaques Wagner (PT), ex-ministro da Casa Civil
“Nos anos de 2006 a 2010, fui eu quem, a pedido do agente pol�tico, viabilizei internamente contato de Jacques Wagner com a companhia para possibilitar contribui��es a pretexto de campanha. Eu sempre fui o principal defensor de Jacques Wagner dentro da Odebrecht.”
Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado
“O senador Renan Calheiros, embora algumas vezes interagisse diretamente comigo, como detalho no Anexo 2.3, atuava, em regra, sob a representa��o do senador Romero Juc�, delegando a ele a tarefa de negociar, em seu nome, os repasses financeiros decorrentes de aux�lios legislativos. Em 2010, como consta da planilha entregue pela minha empresa ao Minist�rio P�blico, ocorreu uma contribui��o financeira a Renan Calheiros, com codinome 'Justi�a'.”
Rodrigo Maia (DEM), presidente da C�mara dos Deputados
“Durante a fase final da aprova��o da MP-613, o deputado, a quem eu pedi apoio para acompanhar a tramita��o, aproveitou a oportunidade e alegou que ainda havia pend�ncias da campanha de prefeito do Rio de Janeiro em 2012. Solicitou-me uma contribui��o e decidi contribuir com o valor aproximado de R$ 100.000,00, que foi pago no in�cio do m�s de outubro de 2013.”
Gim Argello (PTB), ex-senador
“Eu recebi pedidos de apoio financeiro por parte de Gim Argello nos per�odos em que ocorriam as campanhas eleitorais de 2010 e 2014. N�o tenho como dizer se os pagamentos em dinheiro que foram realizados efetivamente foram utilizados por Gim Argello para fins eleitorais.”
Ciro Nogueira (PP), senador
“Recebi, no segundo semestre de 2010, pedido do parlamentar de contribui��o financeira. Esse encontro provavelmente deve ter ocorrido em seu gabinete, na C�mara dos Deputados. No segundo semestre de 2014, o senador Ciro Nogueira solicitou a mim, em reuni�o provavelmente realizada em seu gabinete, no Senado Federal, apoio para a campanha dos candidatos do PP.”
Jos� Agripino (Dem), senador
“Por ocasi�o ainda da campanha de 2014, a pedido de Marcelo Odebrecht, comuniquei ao senador que a companhia iria fazer um pagamento a ele no valor de R$ 1.000.000,00. Destaco que o senador Jos� Agripino n�o era candidato a cargo eletivo nas elei��es de 2014.”
Marco Maia (PT), ex-presidente da C�mara
“Durante a campanha eleitoral de 2014, aproximadamente no m�s de agosto ou setembro, Marco Maia solicitou-me contribui��es financeiras a pretexto de sua candidatura � C�mara dos Deputados.”
K�tia Abreu (PMDB), senadora
“Certa feita, recebi uma liga��o no meu escrit�rio da senadora K�tia Abreu – pessoa que n�o conhecia –, a pedido de Marcelo Odebrecht, segundo ela me relatou. Na liga��o ela disse que Marcelo iria ajud�-la e por isso ela estava me ligando. Achei um absurdo a liga��o e transmiti a Marcelo Odebrecht, que desmentiu o fato e disse que j� havia pedido a Fernando Reis que fizesse um apoio.”
Her�clito Fortes, deputado (PSB)
Recebeu R$ 200 mil. Her�clito sempre ajudou na an�lise dos principais temas pol�ticos. Esse acervo pol�tico e as suas fortes rela��es justificavam que fossem realizados pagamentos a pretexto de campanha.
Arthur Virg�lio (PSDB), prefeito de Manaus
Recebeu R$ 300 mil. Ex-l�der do PSDB, pol�tico importante, atual prefeito de Manaus/AM, sabia que, caso eleito – o que n�o ocorreu –, certamente seria um parlamentar de express�o no Congresso Nacional, o que justifica o pagamento a pretexto de contribui��o de campanha, do qual participei como mensageiro da Odebrecht, pois n�o tinha rela��o de proximidade com esse agente pol�tico. O candidato n�o foi eleito.
Jos� Carlos Aleluia, deputado (DEM)
“Recebeu R$ 300 mil. Certamente, na minha vis�o, ele poderia ser um ponto de entrada para discuss�o de temas da regi�o Nordeste, como ocorreu quando da quest�o da grave crise de energia que afetaria as empresas eletrointensivas.”