Por reelei��o, Maia oferece cargos ao Centr�o

Bras�lia, 17 - Em busca de apoio para sua reelei��o ao comando da Casa em fevereiro de 2017, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), come�ou a oferecer cargos na Mesa Diretora e at� a indica��o para lideran�a do governo. O foco da negocia��o s�o os maiores partidos do Centr�o - bloco de cerca de 200 deputados da base aliada liderado por PP, PSD, PTB e PR e que, nesta semana, atuou para tentar barrar a candidatura do parlamentar fluminense.

Com aval do Planalto, Maia ofereceu a lideran�a do governo na C�mara ao PP, dono da quarta maior bancada da Casa, com 47 deputados. Prop�s � sigla tamb�m a indica��o para 2.� Secretaria, que cuida da gest�o de passaportes diplom�ticos e libera��o de viagens para miss�es oficiais. Em troca do apoio do PR, que tem a quinta maior bancada, com 40 deputados, ofereceu ao partido a 1.� Secretaria, considerada a "prefeitura" da C�mara e respons�vel por gerir o or�amento da Casa.

A negocia��o tem sido feita pelo presidente da C�mara com os dirigentes partid�rios e com ministros dessas legendas. No PR, Maia vem conversando com o ex-deputado Valdemar Costa Neto, que controla o partido, embora n�o seja o presidente, e com o ministro Maur�cio Quintella (Transportes). No PP, as tratativas s�o com o presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), e com o l�der do partido na C�mara, Aguinaldo Ribeiro (PB), um dos cotados para ser l�der do governo.

O presidente da C�mara tamb�m mant�m contato frequente com o ministro Gilberto Kassab (Ci�ncia e Comunica��es), presidente licenciado do PSD. Maia ofereceu ao partido a 4.� secretaria, que cuida da parte de moradia dos deputados. A legenda tem a sexta maior bancada, com 37 deputados. Segundo interlocutores de Maia, Kassab teria prometido apoio, caso o l�der do PSD, Rog�rio Rosso (DF), n�o seja candidato a presidente pelo Centr�o.

A estrat�gia de Maia � tentar rachar o Centr�o e desidratar a candidatura do grupo ao comando da C�mara, como ocorreu em sua primeira elei��o, em julho. No 2.� turno, o PR apoiou Maia contra Rosso, ent�o candidato do grupo. Na pr�xima disputa, o grupo tem dois pr�-candidatos: Rosso e o l�der do PTB, deputado Jovair Arantes (GO).

Acerto

. Maia j� tem apoio de grande parte do PMDB e PSDB. Aos peemedebistas, donos da maior bancada, com 66 deputados, ele negteve ajuda do Planalto. Os tucanos queriam a 1.� vice, mas abriram m�o do posto para os peemedebistas, em troca da indica��o para a Secretaria de Governo - o nome mais cotado � o do l�der do partido na C�mara, deputado Antonio Imbassahy (BA). Na divis�o, o PSDB teria direito ainda � 2.� vice-presid�ncia da Casa. O partido tem a terceira maior bancada, com 48 parlamentares.

Maia ofereceu ainda a 3.� secretaria ao PT, partido que tem a segunda maior bancada, com 58 deputados. A legenda, por�m, est� dividida. Uma ala, liderada pelo deputado Arlindo Chinaglia (SP), tem negociado para compor com Centr�o. Outra tem conversado com o atual presidente da C�mara. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.