Bras�lia - Em encontro com senadores e deputados federais, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, informou que ir� pedir a retirada do sigilo das dela��es realizadas pelos executivos e ex-executivos da Odebrecht, ap�s o conte�do ser homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavaski.
O ministro � relator dos processos que tramitam no STF no �mbito da Lava-Jato e caber� a ele dar prosseguimento ou n�o nos pedidos de investiga��es. A decis�o do ministro deve ocorrer no pr�ximo m�s de fevereiro, ap�s o fim do recesso.
A inten��o de Janot de pedir a retirada dos sigilos foi comunicada a integrantes da bancada do Esp�rito Santo, em reuni�o realizada na sede da PGR, em Bras�lia, na manh� da �ltima quinta-feira, 15. A pauta do encontro, inicialmente, era o impacto da resolu��o 72/2010 aprovada pelo Congresso Nacional em 2012, que alterou o repasse do ICMS interestadual para o Esp�rito Santo.
O encontro ocorreu tr�s dias antes de Janot entregar nesta segunda-feira, 19, os documentos dos acordos de dela��o premiada de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht. Os relatos, por escrito ou em v�deo, recolhidos na semana passada, foram armazenados na sala-cofre do STF e est�o � disposi��o do ministro Teori Zavascki.
"Fomos ao Janot na �ltima semana para tratar de temas do Esp�rito Santos e ele disse que ao mesmo tempo que as dela��es forem homologadas, a inten��o dele � pedir para que seja retirado o sigilo de tudo, que tudo venha a p�blico. Vamos viver o m�s de fevereiro e mar�o sob os ausp�cios do que vem por ai", afirmou o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES). "Ele disse que vai pedir a retirada do sigilo. Demonstrou muita confian�a e disse que entregaria hoje as dela��es da Odebrecht", ressaltou o senador Ricardo Ferra�o (PSDB-ES), tamb�m presente no encontro.
A inten��o de Janot ocorre ap�s vir a p�blico a dela��o do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho, que atingiu integrantes da c�pula do Executivo, entre eles o pr�prio presidente da Rep�blica e v�rios ministros de seu partido, o PMDB, e do Legislativo. O vazamento levou o presidente Michel Temer a encaminhar uma carta ao procurador-geral. Ap�s as rea��es, Janot comunicou que iria investigar a origem do vazamento.