Rio - O Minist�rio P�blico Federal (MPF) pediu nesta segunda-feira, 19, a pris�o preventiva de Pedro Ramos de Miranda, apontado como "faz tudo" do ex-governador do Rio S�rgio Cabral Filho (PMDB). Miranda j� havia sido indiciado 64 vezes por lavagem de dinheiro e por envolvimento em organiza��o criminosa que, segundo os procuradores, era chefiada por Cabral.
Miranda foi assessor especial do ex-governador e tinha rela��es pr�ximas com outros envolvidos no esquema de corrup��o, segundo o MPF. Tratado como "Ramos", ele seria encarregado de comprar joias para lavar dinheiro, tendo pago, em nome do ex-governador e da ex-primeira dama Adriana Ancelmo (apontada como integrante da organiza��o e presa no �ltimo dia 6), R$ 7 milh�es em itens adquiridos nas joalherias Antonio Bernardo e H.Stern. Miranda fazia saques de valores altos da conta do ex-governador, pagava as joias e as levava at� ele.
No dia 17, quando foi deflagrada a Opera��o Calicute, da Pol�cia Federal, Miranda, que � bombeiro militar, foi conduzido coercitivamente a depor � PF. N�o teve pedida a sua pris�o pelo MPF porque ele forneceu seu endere�o residencial e por faltarem elementos sobre sua participa��o nos crimes, segundo o pedido de ontem, assinado pelos procuradores Eduardo El-Hage, Leonardo Freitas, Renato Oliveira e Rodrigo Tim�teo da Costa e Silva.
Os depoimentos colhidos pela PF acabaram evidenciando o envolvimento de Miranda no esquema, sustentam os procuradores. S� que o militar n�o foi encontrado no endere�o indicado no depoimento. Para agravar a situa��o do bombeiro, vizinhos informaram que ele n�o morava l� havia mais de um ano.