
“Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de pol�cia. Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana". Assim o secret�rio nacional de Juventude, Bruno J�lio, reagiu � nova chacina de presos. Ele � filho do deputado estadual (PMDB-MG) e ex-deputado federal Cabo J�lio. Filiado ao PMDB, foi nomeado para a secretaria em junho do ano passado. A Secretaria da Juventude � vinculada � Secretaria de Governo, e o sal�rio do cargo � de R$ 13.974,20. "Isso que me deixa triste. Olha a repercuss�o que esse neg�cio do pres�dio teve e ningu�m est� se importando com as meninas que foram mortas em Campinas. Os que n�o t�m nada a ver com nada que se explodam? Os santinhos que estavam l� dentro que estupraram, mataram (chamam de) 'coitadinho', 'ai, meu Deus, eles n�o fizeram nada', 'foram (mortos) injustamente”, disse ele em entrevista ao jornal O Globo. A assessoria do Pal�cio do Planalto n�o comentou as declara��es de Bruno.
Bruno J�lio � investigado por agredir a mulher em Belo Horizonte. Segundo a Pol�cia Civil, em outras duas investiga��es, ele foi acusado de les�o corporal pela ex-mulher e de ass�dio sexual por uma funcion�ria. A den�ncia de agress�o foi feita pela companheira dele na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher, em BH, em abril do ano passado. De acordo com a pol�cia, a v�tima contou que Bruno J�lio a puxou pelo cabelo e deu tapas em seu rosto. A investiga��o ainda n�o foi conclu�da.
Em outro inqu�rito, registrado como les�o corporal, o secret�rio � suspeito de agredir com socos, tapas e chutes a mulher com quem mantinha uni�o est�vel, em mar�o de 2014. � �poca, ela relatou � pol�cia ter sido amea�ada com uma faca porque o ent�o companheiro n�o aceitava o fim do relacionamento. Na ocasi�o, ele confirmou que teve relacionamento com a mulher, com quem teve uma filha. O secret�rio informou ainda que a crian�a est� sob sua guarda, o que, segundo ele, demonstra “ser prova mais do que suficiente da solidez do relacionamento” com a ex-companheira. Bruno J�lio destacou ainda que sua “rela��o familiar sempre se pautou pelo respeito e confian�a”.
O secret�rio foi acusado de ass�dio sexual por uma funcion�ria, em dezembro do ano passado. Na den�ncia, a mulher afirmou que era amea�ada de demiss�o caso n�o sa�sse com ele. Ela disse � pol�cia ainda que era perturbada e constrangida pelo patr�o com elogios e convites para acompanh�-lo em viagens. A pol�cia informou que ela entregou � delegada mensagens das amea�as enviadas por celular pelo secret�rio.
Ainda em nota, Bruno Santos afirmou que a acusa��o de ass�dio � fr�gil e que a den�ncia ocorreu apenas depois do comunicado da exonera��o � funcion�ria. “N�o passou de retalia��o”, disse o secret�rio. Na nota, o secret�rio n�o se manifestou sobre a investiga��o em andamento.