Governo busca nome para substituir secret�rio que defendeu massacres

Bras�lia – Menos de 24 horas depois da queda do ex-secret�rio Nacional da Juventude do governo Bruno J�lio, por declarar que deveria haver uma chacina de bandidos por semana, j� come�ou a movimenta��o pelo nome de um substituto ao cargo. Fiel aliado e com um relacionamento cada vez melhor com o presidente Michel Temer, o l�der do governo na C�mara, deputado Andr� Moura (PSC-SE), aposta na indica��o de Samuel Coelho de Oliveira, presidente da juventude da legenda.

De f�rias na It�lia, Samuel foi chamado para voltar ao Brasil o mais r�pido poss�vel para articular o apoio ao seu nome, que j� vem sendo feito a dist�ncia por meio do WhatsApp. O jovem advogado do Distrito Federal, de 23 anos, j� conta com a anu�ncia de lideran�as da Juventude Popular Socialista (JPS), do PPS, e do Movimento da Juventude PTB (JPTB). A inten��o � ter o apoio de todas as juventudes dos partidos da base.

Ela retorna a Bras�lia amanh� para seguir as negocia��es. “Estamos reunindo as lideran�as jovens de diversos partidos para chegar em um nome comum”, afirmou Samuel. Questionado sobre a opini�o do ex-secret�rio em rela��o aos massacres nos pres�dios, o l�der da juventude do PSC afirmou que foi um coment�rio infeliz. “Quando o assunto s�o vidas devemos olhar para o ser humano em si e n�o para a sua atual situa��o. Como jovem crist�o, defendemos a vida acima de tudo.”

Filho do deputado estadual mineiro Cabo J�lio (PMDB), Bruno J�lio, tamb�m peemedebista, pediu demiss�o do cargo – para o qual foi nomeado em junho do ano passado –, ap�s vir a p�blico a declara��o dada ao jornal O Globo na noite de sexta-feira: “Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de pol�cia, n�? Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana”.

Depois, no Facebook, tentou se redimir dizendo que falou com cidad�o e n�o como representante do governo. “Est� havendo uma valoriza��o muito grande da morte de condenados, muito maior do que quando um bandido mata um pai de fam�lia que est� saindo ou voltando do trabalho (…) O que eu quis dizer foi que, embora o presidi�rio tamb�m mere�a respeito e considera��o, temos que valorizar mais o combate � viol�ncia com mecanismos que o Estado n�o tem conseguido colocar � disposi��o da popula��o plenamente.”

As declara��es de Bruno causaram mal-estar no Pal�cio do Planalto, que se limitou a dizer que o ex-secret�rio falou de um assunto que n�o era da �rea dele. Questionado, o Planalto n�o se manifestou sobre a indica��o de um substituto para o cargo.

Segundo a assessoria do Pal�cio do Planalto, a exonera��o dever� ser publicada no Di�rio Oficial da Uni�o nos pr�ximos dias. A secretaria � diretamente vinculada � Presid�ncia da Rep�blica. Bruno J�lio tamb�m � presidente licenciado da Juventude Nacional do PMDB. Em nota, ele disse ter falado “em car�ter pessoal” ao jornalista, ap�s a entrevista.