Bras�lia, 10, 10 - Candidato � presid�ncia da C�mara, o deputado Rog�rio Rosso (DF), admitiu nesta ter�a-feira, 10, que pode abrir m�o de sua candidatura se, quando estiver mais pr�ximo do pleito, avaliar que n�o conseguiu se viabilizar politicamente. Ele ressaltou que hoje sua candidatura est� mantida. "Temos ainda 80% da campanha. Como pol�tica � igual a nuvem, n�s imaginamos que a cada dia teremos surpresas. N�o tenho nenhuma d�vida que essa � a elei��o mais dif�cil da hist�ria da C�mara. Aquilo que parece, n�o �", declarou.
Apesar de parte de seu partido pression�-lo a desistir, Rosso diz que da mesma forma que pode desistir, pode convencer outro a abrir m�o da disputa. "O que est� em jogo � uma coisa muito s�ria, que � a presid�ncia da C�mara dos Deputados, que por essa configura��o at�pica dos pr�ximos anos, ser� a vice-presid�ncia da Rep�blica. N�o pode ser um vale-tudo, ter uma candidatura para marcar posi��o. A gente vai enfrentar mat�rias aqui que v�o exigir 308 ou mais votos. A gente tem de evitar um racha. Esse � meu esp�rito: evitar qualquer tipo de racha", afirmou.
Minutos antes do lan�amento da candidatura de seu aliado, o l�der do PTB, Jovair Arantes (GO), Rosso disse que se d� bem com o deputado goiano, que mais para frente podem "somar" votos com ele, mas que Jovair tamb�m pode "ter o desprendimento" de desistir. "O projeto pessoal, e n�o falo do Jovair, quando voc� vai muito em cima dele e desconsidera consensos, pode ser um projeto muito 'self'", disse, em uma refer�ncia indireta a Rodrigo Maia (DEM-RJ), candidato � reelei��o. Rosso insistiu que n�o h� ci�ncia exata na pol�tica e n�o quis revelar quando vai tomar a decis�o de "somar" apoio a Jovair ou vice-versa.
Rosso disse que tem o apoio de "v�rios deputados de v�rios partidos" e afirmou que a Casa tem a tradi��o de n�o ter unanimidades nas bancadas. Ele n�o revelou quantos votos teria se a elei��o fosse hoje, mas acredita que teria n�mero suficiente para disputar um segundo turno. O parlamentar admitiu que tem mantido mais conversas telef�nicas com os "eleitores-deputados".
O l�der do PSD defendeu que n�o haja forma��o de blocos partid�rios este ano para a composi��o dos cargos da Casa. "N�o ter blocos � um caminho, se respeita a proporcionalidade e o tamanho das bancadas", comentou. Ele, no entanto, acredita que a oposi��o se juntar� no pr�ximo bi�nio em um bloco �nico.
Rosso voltou a repetir que n�o tem interesse em desistir para assumir a lideran�a do governo na C�mara e reafirmou que o presidente Michel Temer n�o pretende interferir na disputa interna. Ele ressaltou que sua quest�o com Maia n�o � pessoal, se restringe a impossibilidade legal dele concorrer mais uma vez ao cargo, e sugeriu que Maia tivesse "um gesto de grandeza", abandonasse o projeto pessoal e desistisse. "Projeto de governo n�o �", alfinetou.