
A Pol�cia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorroga��o do prazo do inqu�rito que investiga a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva por suposta obstru��o das investiga��es da Opera��o Lava-Jato. No mesmo processo, s�o investigados os ex-ministros Jos� Eduardo Cardozo e Aloizio Mercadante; o ex-presidente do Superior Tribunal de Justi�a (STJ) Francisco Falc�o; o ministro do STJ Marcelo Navarro Ribeiro Dantas; e o ex-senador Delc�dio do Amaral.
O pedido foi apresentado na ter�a-feira pela PF e encaminhado ao relator do inqu�rito, ministro Teori Zavascki, respons�vel na corte pelos casos do esquema de corrup��o que atuava na Petrobras. Como o caso est� sob segredo de Justi�a, n�o � poss�vel consultar publicamente por quanto tempo a PF quer prorrogar o inqu�rito, nem as medidas a serem executadas na apura��o.
Apesar de a PF ter pedido a prorroga��o, o ministro tamb�m poder� consultar a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), que pediu a investiga��o dos tr�s pol�ticos em maio do ano passado e respons�vel por uma eventual den�ncia a ser formulada no caso, se forem encontradas provas.
A investiga��o foi aberta por Zavascki em agosto do ano passado, ap�s pedido do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. O pedido do procurador foi baseado na dela��o premiada feita pelo ent�o senador Delc�dio do Amaral.
Em uma das oitivas, o senador acusou a presidente afastada e o ex-presidente Lula de terem interesse em nomear, em 2015, o ministro do STJ Marcelo Navarro Ribeiro Dantas com o objetivo de barrar as investiga��es da Opera��o Lava-Jato e libertar empreiteiros presos.
Segundo Delc�dio, a suposta tentativa contou com o apoio de Jos� Eduardo Cardozo, que � �poca ocupava o cargo de ministro da Justi�a, respons�vel por indicar informalmente � Presid�ncia da Rep�blica nomes de poss�veis candidatos, e do ex-ministro Aloizio Mercadante.
O inqu�rito tamb�m apura as motiva��es para a tentativa de Dilma nomear Lula como ministro da Casa Civil, no ano passado. Investigadores suspeitam de que um termo de posse foi enviado �s pressas para evitar uma eventual pris�o do ex-presidente determinada pelo juiz S�rgio Moro, o que poderia configurar crime de obstru��o da Justi�a.
PROVAS ANULADAS Em junho, Teori tinha enviado of�cio para Janot questionando se ele pretendia rever o pedido de investiga��o. Isso porque o ministro tinha determinado a anula��o da validade de provas que poderiam incriminar Lula e Dilma. Em julho, o procurador-geral respondeu, dizendo que mantinha o pedido de abertura de inqu�rito.
Foram anuladas as grava��es realizadas depois do per�odo autorizado por S�rgio Moro, que conduz a Lava-Jato na primeira inst�ncia. � o caso do di�logo em que Dilma diz a Lula que estaria enviando por um emiss�rio o termo de posse do petista como ministro da Casa Civil. As escutas estavam autorizadas at� a manh� de 16 de mar�o do ano passado, mas a conversa entre Dilma e Lula foi gravada � tarde. Esse �udio n�o pode mais ser usado como prova.
Desde o in�cio das investiga��es, a ex-presidente Dilma afirma que a abertura do inqu�rito � importante para elucidar os fatos e esclarecer que em nenhum momento houve obstru��o da Justi�a. A defesa de Lula sustenta que o ex-presidente jamais interferiu nas investiga��es da Lava-Jato. Mercadante tamb�m nega que tenha obstru�do as investiga��es.