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Estado de Minas

Em menos de 24 horas, 38 detentos fogem de pres�dios na Bahia


postado em 14/01/2017 20:07

Salvador, 14 - Em menos de 24 horas, 38 detentos fugiram de um pres�dio e uma cadeia de Salvador e Santo Ant�nio de Jesus, na Bahia, nesta sexta-feira, 13. As fugas levaram o governador Rui Costa (PT) a exonerar o diretor da Cadeia P�blica do Estado, o capit�o da Pol�cia Militar Fagner Ara�jo Carvalho, e do diretor adjunto, Paulo Cesar Gon�alves Sacramento.

Na madrugada de sexta, um grupo de 17 detentos serrou as grades de uma cela e fugiu do Complexo Penitenci�rio de Mata Escura, em Salvador. A fuga s� foi percebida pela manh�, quando os agentes penitenci�rios da unidade viram os danos nas grades e em tr�s barreiras fixas.

Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenci�rios do Estado, todos os 17 presos fazem parte de uma mesma fac��o criminosa. Eles tamb�m atribu�ram a fuga � superlota��o da unidade e falta de seguran�a no local. A unidade prisional tem capacidade para 808 presos, mas, no momento da fuga, estava com 1.227. Na noite de sexta-feira, por volta das 23h30, 21 presos fugiram da 4� Coordenadoria de Pol�cia Civil do Interior (Coorpin), de Santo Ant�nio de Jesus, a cerca de 185 quil�metros da capital baiana.

Os detentos quebraram uma barra de ferro de uma das celas e a utilizaram para quebrar os cadeados das demais celas para liberar outros presos. O grupo ainda utilizou cordas, feitas com len��is, para pular o muro da carceragem. O local tem capacidade para 6 presos, mas 21 estavam na unidade e todos fugiram.

De acordo com a pol�cia, um delegado plantonista, um escriv�o e outros dois agentes estavam na unidade, mas n�o perceberam a fuga. Seis detentos j� foram recapturados.

Ainda segundo a pol�tica, a maioria dos fugitivos responde por tr�fico de drogas, homic�dio e roubo. A maioria j� havia sido sentenciada e aguardava vaga em pres�dio.

Massacre em Manaus

Um sangrento confronto entre fac��es no Complexo Penitenci�rio An�sio Jobim, em Manaus, deixou 56 mortos entre a tarde de 1� de janeiro e a manh� do dia 2. A rebeli�o, que durou 17 horas, acabou com detentos esquartejados e decapitados no segundo maior massacre registrado em pres�dios no Brasil - em 1992, 111 morreram no Carandiru, em S�o Paulo.

Treze funcion�rios e 70 presos foram feitos ref�ns e 184 homens conseguiram fugir. Outros quatro presos foram mortos no Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), tamb�m em Manaus. Segundo o governo do Amazonas, o ataque foi coordenado pela fac��o Fam�lia do Norte (FDN) para eliminar integrantes do grupo rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Cinco dias depois, o PCC iniciou sua vingan�a e matou 31 detentos na Penitenci�ria Agr�cola de Monte Cristo (PAMC), em Boa Vista, Roraima. A maioria das v�timas foi esquartejada, decapitada ou teve o cora��o arrancado, m�todo usado pelo PCC em conflitos entre fac��es. Com 1.475 detentos, a PAMC � reduto do PCC, que est� em guerra contra a fac��o carioca Comando Vermelho (CV) e seus aliados da FDN. Roraima tem 2.621 presos - 900 dos quais pertenceriam a fac��es, a maioria do PCC. No total, 27 fac��es disputam o controle do crime organizado nos Estados.

A guerra de fac��es deixou o sistema penitenci�rio em alerta, os e governadores de Amazonas, Roraima, Rond�nia, Acre, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pediram ajuda do governo federal com o envio da For�a Nacional. Amazonas foi o primeiro Estado a receber. A crise � tamanha que, segundo o Conselho Nacional de Justi�a, s�o necess�rios R$ 10 bilh�es para acabar com d�ficit prisional no Pa�s.


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