
O presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tem trabalhado para se reeleger no comando da Casa, afirmou nesta segunda-feira, que a reforma da legisla��o trabalhista tem de tramitar em regime de urg�ncia. "O Brasil caminha para ter 14 milh�es de desempregados e muitos dos problemas do desemprego tem a ver com uma lei trabalhista que protege muito, mas tem tirado o emprego dos brasileiros e tem colocado esses empregos em outros pa�ses", afirmou o democrata, citando como exemplo o Paraguai, que tem abrigado empresas brasileiras que fogem da legisla��o trabalhista.
A declara��o de Maia foi dada durante visita � C�mara Municipal de S�o Paulo, hoje presidida pelo seu colega de partido Milton Leite. "Precisamos de uma lei que proteja o trabalhador, mas ao mesmo tempo estimule o empres�rio a gerar emprego", acrescentou. O presidente da C�mara disse que os principais pontos da reforma dever�o ser discutidos pelos deputados e criticou a Justi�a do Trabalho, que, na sua opini�o, tem tomado decis�es que desestimulam o emprego.
Antes de visitar a C�mara Municipal, Maia se reuniu com o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin. Segundo o deputado, o encontro serviu para que se discutisse reformas para o Brasil nos pr�ximos dois anos e a conjuntura pol�tica. Maia afirmou tamb�m que eles conversaram sobre a possibilidade de mudan�as no pacto federativo. "Essa � uma discuss�o urgente, pois sabemos que os Estados e munic�pios est�o em situa��o fiscal muito complicada", declarou Maia.
O democrata negou qualquer possibilidade de adiamento da elei��o para presidente da C�mara, ao ser questionado sobre a inten��o do PTB, partido do seu rival na disputa, o deputado goiano Jovair Arantes, de remarcar a vota��o do dia 2 para o dia 10. "A Constitui��o n�o permite", disse Maia.