
O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira, em entrevista � ag�ncia de not�cias Reuters, que h� "chance zero" de que ele seja atingido pelas investiga��es realizadas pela Opera��o Lava-Jato. "N�s n�o estamos preocupados", disse Temer. "N�o h� a menor chance disto."
O presidente afirmou ainda considerar que os depoimentos de executivos e ex-executivos da Odebrecht - nas quais h� a expectativa de que at� 200 pol�ticos sejam citados - n�o ajudam a "estabilidade", mas que n�o causariam a paralisa��o da agenda legislativa ou divis�es na coaliz�o governista.
O nome do presidente j� foi citado em ao menos dois dos acordos de dela��o. Segundo o ex-executivo Cl�udio Melo Filho, Temer teria pedido "apoio financeiro" para as campanhas do PMDB em 2014 a Marcelo Odebrecht, que teria se comprometido com um pagamento de R$ 10 milh�es.
Temer delatado
Outro ex-executivo do grupo, M�rcio Faria, relatou em sua colabora��o uma reuni�o, em 2010, na qual Temer e o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teriam pedido recursos para a campanha eleitoral daquele ano em troca de beneficiar a empreiteira em contratos com a Petrobras. O peemedebista nega irregularidades e afirma que todas as doa��es recebidas foram devidamente registradas.
Nos sete meses de governo, a opera��o tamb�m provocou baixa de ministros de Temer, envolvidos de alguma forma nas investiga��es, como o senador Romero Juc� (PMDB-RR), que deixou a pasta do Planejamento, e Henrique Eduardo Alves (PMDB- RN), que pediu demiss�o do Turismo.
Na entrevista, Temer voltou a negar que esteja interessado em disputar a reelei��o em 2018. "N�s estamos focados em colocar o Brasil de volta na pista. E n�s ainda temos dois anos para isso", afirmou o peemedebista, que se definiu como um "presidente zelador".
TSE
Questionado se o Pa�s teria condi��es de passar por uma nova troca de presidente, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decida pela cassa��o de seu mandato, Temer foi cauteloso, segundo a ag�ncia, pois poderia parecer que falava em causa pr�pria. "A pergunta j� induz uma preocupa��o. Imagine, uma nova elei��o, um novo presidente em um mandato de quatro anos", disse. "Realmente h� uma preocupa��o...com a qual concordo", afirmou.