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Estado de Minas

Dela��o da Odebrecht deve vir a p�blico em fevereiro

Nos depoimentos, que ser�o divulgados em formato de �udio e v�deo, sem transcri��es, os delatores relatam propina a pol�ticos e operadores no Brasil e fora do Pa�s


postado em 17/01/2017 17:25 / atualizado em 17/01/2017 18:10

 Investigadores da Lava-Jato trabalham com a previs�o de que todo o conte�do das dela��es da Odebrecht seja tornado p�blico na primeira quinzena de fevereiro. A divulga��o dos relatos de 77 delatores ligados � empresa causa apreens�o no mundo pol�tico, que deve ser diretamente atingido pelas investiga��es. A expectativa de investigadores � de que o ministro Teori Zavascki, a pedido do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, retire o sigilo dos cerca de 900 depoimentos t�o logo as dela��es sejam homologadas. Isso deve ocorrer ap�s o fim do recesso do Judici�rio, nos primeiros dias de fevereiro.

Como relator da Lava-Jato na Corte, cabe a Teori validar as dela��es. Para isso, uma equipe do ministro analisa todo o material durante o recesso. O material resultou de uma longa negocia��o, que se estendeu durante quase todo o ano de 2016.

Nos depoimentos, que ser�o divulgados em formato de �udio e v�deo, sem transcri��es, os delatores relatam propina a pol�ticos e operadores no Brasil e fora do Pa�s em troca da conquista de obras p�blicas, bem como o uso de contas e empresas no exterior para viabilizar pagamentos il�citos. De acordo com fontes, aliados pr�ximos ao presidente da Rep�blica, Michel Temer, ser�o diretamente atingidos pela dela��o da empresa, o que deve trazer turbul�ncia pol�tica para o governo.

Ap�s a homologa��o dos acordos e divulga��o do conte�do, a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e a for�a-tarefa da Lava-Jato podem realizar opera��es e solicitar dilig�ncias, como quebra de sigilo banc�rio e telef�nico de investigados.

A previs�o � de que o processo de investiga��o ligado � Odebrecht seja longo, com a distribui��o das investiga��es em v�rios Estados brasileiros. Isso porque o pagamento de propina ocorreu para conquista de obras de todas as esferas - federal, estadual e municipal. Por isso, a investiga��o n�o ficar� concentrada em Bras�lia ou Curitiba.

Um dos depoimentos tidos como cruciais � o do herdeiro do grupo e ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht. Considerado o "pr�ncipe" das empreiteiras, Marcelo resistiu a aderir ao acordo de dela��o. Ele � o �nico executivo do grupo que continua preso em Curitiba (PR) mesmo ap�s a assinatura do acordo, em dezembro. Com a dela��o firmada, Marcelo Odebrecht cumprir� dez anos de pena no total, sendo que at� o final de 2017 permanecer� atr�s das grades.

J� o patriarca do grupo e pai de Marcelo, Em�lio Odebrecht, revelou em sua dela��o informa��es de contexto e hist�rico da empresa. Em�lio poder� passar um ano comandando a reestrutura��o da empresa, que se comprometeu com novas regras de compliance, antes de iniciar o cumprimento de pena em regime domiciliar.

Dela��o democr�tica


A avalia��o de fontes que acompanharam a colheita dos depoimentos � de que a dela��o da Odebrecht � politicamente "democr�tica". Ou seja, atinge lideran�as e siglas de diferentes polos da pol�tica nacional.

Em dezembro, o vazamento de um anexo da dela��o do executivo Cl�udio Melo Filho mostrou que senadores, deputados e ministros mantiveram rela��es com a empresa - seja troca de favores ou ao receber valores para atuar politicamente em benef�cio da Odebrecht. As revela��es do grupo v�o gerar os chamados recalls em acordos da Camargo Corr�a e da Andrade Gutierrez. De acordo com investigadores, diante das extensas revela��es da Odebrecht, as duas outras empreiteiras precisar�o complementar os acordos feitos anteriormente, sob risco de terem os benef�cios acertados com o Minist�rio P�blico invalidados.


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