
A ent�o presidente do Centro Acad�mico de Engenharia da UFRJ, Thais Rachel George Zacharia, tamb�m foi inclu�da na a��o. O texto de convoca��o para o evento posicionava-se contra o impeachment, contra o ajuste fiscal, em defesa de verbas p�blicas exclusivamente para a educa��o p�blica, do Plano Nacional de Assist�ncia Estudantil (Pnaes) e da gratuidade da educa��o p�blica.
O ato foi anunciado no dia 29 de mar�o, no site da universidade, com o nome "UFRJ em Defesa dos Direitos Sociais, Pol�ticos e Democr�ticos". "A universidade p�blica, como institui��o cujo oxig�nio � a liberdade de pensamento, n�o pode permanecer em sil�ncio diante da afronta aos princ�pios basilares do Estado Democr�tico de Direito", dizia o texto.
Para o MPF, o reitor usou "a m�quina estatal para satisfazer seus interesses pessoais, valendo-se do patrim�nio p�blico da UFRJ para promover sua vis�o pol�tico-partid�ria particular, contr�ria ao processo de impeachment". Thais foi citada por prometer certificado de atividade acad�mica complementar aos alunos que participassem do ato.
Conforme nota do MPF, "nunca houve lei autorizando a partidariza��o e politiza��o da UFRJ, nem a utiliza��o de seu patrim�nio para a defesa de interesses particulares. Portanto, houve a clara transgress�o ao princ�pio da legalidade administrativa, j� que o administrador n�o se submeteu � lei, extrapolando os limites de sua compet�ncia legal. (...) A a��o conclui que o reitor da UFRJ violou o princ�pio constitucional da neutralidade, pol�tica e ideol�gica no uso do patrim�nio p�blico; os princ�pios constitucionais da legalidade, moralidade e impessoalidade e o princ�pio da finalidade p�blica."
A Reitoria da UFRJ divulgou nota dizendo que n�o foi notificada pelo MPF. "Por�m, entende que n�o houve irregularidade na participa��o do reitor no referido ato, visto que foi um movimento a favor da democracia, realizado em ambiente externo aos espa�os f�sicos da UFRJ", afirma. A reportagem n�o conseguiu contato com Thais at� a conclus�o desta edi��o.