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Estado de Minas

Eike � 'autor intelectual' da propina de S�rgio Cabral, diz Procuradoria

Os procuradores da Rep�blica que subscrevem o pedido de pris�o de Eike afirmam, ainda, que ele tentou obstruir a Justi�a


postado em 26/01/2017 14:07 / atualizado em 26/01/2017 14:30

(foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(foto: Marcello Casal Jr/Ag�ncia Brasil)

Os procuradores da Rep�blica que integram a for�a-tarefa da Opera��o Efici�ncia, deflagrada nesta quinta-feira, 26, afirmam que o empres�rio Eike Batista � o "autor intelectual do ato de corrup��o do ent�o governador S�rgio Cabral". Eike est� foragido.

Cabral j� est� preso, desde novembro de 2016, alvo da Opera��o Calicute, primeira etapa da Efici�ncia e desdobramento da Lava Jato no Rio.

Ao requerer a pris�o preventiva de Eike - medida decretada pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio -, a Procuradoria esmiu�ou como o empres�rio pagou US$ 16,5 milh�es em propina para o peemedebista, por meio da conta Golden, no Panam�.

Os procuradores da Rep�blica que subscrevem o pedido de pris�o de Eike afirmam, ainda, que ele tentou obstruir a Justi�a. Sustentam que Eike usou empresa de fachada, Arc�dia, para repassar a propina ao ex-governador.

E revelam a participa��o de Fl�vio Godinho, s�cio de Eike e vice-presidente de futebol do Flamengo, que tamb�m teve a pris�o decretada na Opera��o Efici�ncia. "(Eike) Autor do neg�cio simulado da Arc�dia e tendo ainda determinado a pr�tica de atos de obstru��o da investiga��o em 2015 � o piv� de todo este imenso pagamento de propina US$ 16,5 milh�es e art�fice mor dessa sofisticada opera��o de lavagem pela Arc�dia. E mais, j� em 2015, determinou a Fl�vio Godinho a pr�tica de ato de obstru��o da investiga��o indicando fortemente sua recalcitr�ncia na pr�tica de atos criminosos de corrup��o e lavagem. N�o bastasse isso, h� fortes elementos nos autos indicando que recalcitra na pr�tica de lavar dinheiro a partir de neg�cios simulados."

Os procuradores fazem men��o ao depoimento que Eike prestou ao Minist�rio P�blico Federal em Curitiba - base da Lava Jato - em que confessou pagamentos a M�nica Moura, mulher de Jo�o Santana - marqueteiro das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010/2014), no valor de R$ 5 milh�es.

No pedido de pris�o preventiva de Eike, os procuradores anotam, ainda, que ele mentiu ao dizer que nunca pagou propinas a S�rgio Cabral. Uma opera��o sob suspeita revela que ele repassou pelo menos R$ 1 milh�o para o escrit�rio da advogada Adriana Ancelmo, mulher do peemedebista - ela tamb�m foi presa na Opera��o Calicute.

"Logo ap�s a deflagra��o da fase ostensiva da denominada Opera��o Calicute, em especial o cumprimento de medidas cautelares deferidas em raz�o de suposto repasse irregular da quantia de R$ 1 milh�o pela empresa EBX, de titularidade do representado Eike Batista, ao escrit�rio Ancelmo Advogados, este representado compareceu ao Minist�rio P�blico Federal no Rio e, perante os procuradores da Rep�blica da for�a-tarefa da Lava Jato neste Estado, na presen�a de seu advogado, n�o disse a verdade."

Os procuradores est�o convencidos do "maior envolvimento (de Eike) com a organiza��o criminosa". "Note que, com a informa��o obtida da Caixa Econ�mica Federal de que 'n�o houve indica��o, pela Caixa, na qualidade de administradora de fundos de investimentos, do escrit�rio de advocacia Coelho e Ancelmo Advogados para a EBX, nem para qualquer outra opera��o', as alega��es do representado Eike Batista caem por terra." "Ali�s, ainda do �mbito da investiga��o conduzida pelos procuradores da for�a-tarefa da Lava Jato no Paran�, o representado Eike Batista tamb�m j� havia se apresentado a pretexto de esclarecer o suposto repasse irregular da quantia de R$ 5 milh�es relacionado a pessoas ali acusadas, M�nica Moura, Jo�o Santana e Guido Mantega, atrav�s de conta banc�ria no TAG Bank (Panam�) e mantida pela Golden Rock Foundation (Panam�), empresa subsidi�ria da Centennial Asset Mining Fund LLC (Estados Unidos), de sua propriedade."

O relato de Eike, por�m, foi desmentido pelos delatores da Opera��o Efici�ncia, os irm�os Renato e Marcelo Chebar, operadores do mercado financeiro. "Entretanto, depoimentos recentemente prestados pelos colaboradores Renato Chebar e Marcelo Chebar, acompanhados de documentos e da devolu��o/repatria��o de dezenas de milh�es de d�lares mantidos no exterior pela organiza��o criminosa, parecem contrariar as afirmativas de Eike Batista."

Renato Chebar disse que em 2010 foi procurado por aliados pr�ximos do ent�o governador Cabral - Carlos Miranda e Wilson Carlos - "sendo informado que deveria viabilizar o recebimento de US$ 16,5 milh�es devidos por Eike Batista a S�rgio Cabral, cuja natureza desconhece".

O delator contou que "se dirigiu, ainda no ano de 2010, ao escrit�rio de Eike Batista, localizado na Praia do Flamengo, acompanhado por Wilson Carlos, e foram recebidos por Fl�vio Godinho, respons�vel por toda engenharia financeira para viabilizar o pagamento".


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