De acordo com o procurador Leonado de Freitas, do Minist�rio P�blico Federal, j� foram apreendidos cerca de US$ 85 milh�es, ou R$ 270 milh�es do valor da propina paga ao ex-governador do Rio, S�rgio Cabral (PMDB). “Este valor j� est� � disposi��o da Justi�a brasileira. O restante vai depender de outras medidas pendentes, talvez at� com coopera��o internacional”, afirmou.
O procurador disse que havia suspeitas de que o empres�rio Eike Batista tinha celebrado neg�cios esp�rios com o escrit�rio de Adriana Ancelmo, a mulher de Cabral, e nas dela��es foi descoberto que os recursos foram US$ 16,5 milh�es em contas no exterior, o que equivale a R$ 50 milh�es em propina.
Segundo as investiga��es, foi aberta uma conta no Panam� para a transfer�ncia mas n�o foi poss�vel concluir a opera��o. Ent�o, Cabral pediu que fossem adquiridas a��es em bolsa. As a��es foram da Ambev, Petrobras e Vale.
Contrato fajuto
O procurador Jos� Augusto Vagos disse que foi celebrado um contrato "fajuto" ou "fict�cio" para dar lastro � transa��o de pagamentos da empresa de Eike a doleiros de Cabral. Chamou a aten��o que a pessoa que representava Eike usou uma procura��o. “A necessidade de pris�o preventiva j� tinha ficado bem clara. O fato acabou resbustecido pelo R$ 1,5 milh�o encontrados na conta do escrit�rio de advocacia Anselmo Advogados, valor repassado pela EBX sem justificativa aparente”, disse o procurador Jos� Augusto Vagos.
Eike procura 'escamoteara verdades'
Segundo ele, Eike tentou explicar os valores no ano passado mas n�o conseguiu. “O senhor Eike, de forma bem contempor�nea procura escamotear verdades dos �rg�os p�blicos de percep��o penal com contratos falsos, ou verdadeiros com outra conota��o, em opera��es que na verdade dizem respeito a lavagem de dinheiro”, concluiu.