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Estado de Minas

Chacina de Una� completa 13 anos sem a pris�o dos mandantes do crime

Em 28 de janeiro de 2004, tr�s auditores-fiscais e um motorista. Os fazendeiros e irm�os Ant�rio M�nica, ex-prefeito de Una�, e Norberto M�nica foram condenados, mas continuam soltos


28/01/2017 07:00 - atualizado 28/01/2017 10:44

Norberto Mânica foi condenado a 100 anos de prisão em outubro de 2015
Norberto M�nica foi condenado a 100 anos de pris�o em outubro de 2015 (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press.)

A chacina de Una� completa neste s�bado 13 anos sem a pris�o dos mandantes e intermedi�rios do crime, apesar deles j� terem sido condenados pela Justi�a Federal. Em outubro de 2015, o Tribunal Regional Federal de Minas Gerais condenou os fazendeiros e irm�os Ant�rio M�nica, ex-prefeito de Una�, e Norberto M�nica, e os empres�rios cerealistas Hugo Alves Pimenta e Jos� Alberto de Castro como respons�veis pelo mando do crime e pela contrata��o dos pistoleiros que assassinaram a tiros tr�s auditores-fiscais e um motorista do Minist�rio do Trabalho, em uma emboscada em Una�, no sudoeste mineiro.

Eles trabalhavam na fiscaliza��o de fazendas no munic�pio, grande produtor de feij�o, suspeitas de contrata��o irregular de trabalhadores. Os quatro foram condenados a penas pr�ximas a 100 anos de pris�o em regime fechado. Na condi��o de r�u e delator, Hugo teve sua pena atenuada, recebendo uma senten�a de 46 anos de reclus�o. No entanto, todos recorreram da decis�o na segunda inst�ncia e at� hoje os recursos n�o foram julgados.

No dia 25, o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Silva, as vi�vas dos auditores e o chefe de rela��es sindicais do governo de Minas, Carlos Calazans, que na �poca da chacina era o superintende-regional do Minist�rio do Trabalho em Minas, estiveram em Bras�lia com o presidente da Justi�a Federal, desembargador Hilton Queir�z para cobrar celeridade nesse julgamento. No entanto, segundo Calazans, n�o h� previs�o para que isso aconte�a.

O temor da fam�lia das v�timas e do Sinait, de acordo com Calazans, � que nenhum dos mandantes seja preso este ano e os executores do crime ainda sejam liberados. “Os executores da chacina podem ganhar liberdade este ano por causa da progress�o da pena e os mandantes podem n�o ser presos, ou seja, podemos ter em 2017 todos os envolvidos nessa chacina b�rbara, soltos”. Os condenados entraram com recursos pedindo o cancelamento do julgamento feito em Belo Horizonte para que haja um novo juri em Una�, onde a chance de serem absolvidos � bem maior por causa da influ�ncia do poder econ�mico e pol�tico.

>> Ato contra a impunidade


Na pr�xima segunda, em frente a Superintend�ncia Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), na rua Tamoios, no centro da capital mineira, vai acontecer um ato contra a impunidade dos envolvidos na chacina, crime de repercuss�o internacional devido a viol�ncia com que os trabalhadores foram mortos. Todos foram executados sumariamente com diversos tiros, em uma estrada vicinal de Una�.

Al�m desse ato, os auditores tamb�m tentam que o quarteir�o fechado da rua Tamoios seja transformado em uma pra�a em homenagem aos trabalhadores assassinados e que o dia 28 de janeiro, data do crime, seja transformado pela C�mara de Belo Horizonte em dia municipal da luta pelo trabalho decente. De acordo com Calazans, as tratativas nesse sentido est�o sendo feitas com os vereadores e com os governos do estado e do munic�pio.


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