
A Comiss�o de �tica P�blica da Presid�ncia da Rep�blica decidiu abrir um processo para apurar a conduta do ex-secret�rio nacional da Juventude Bruno Moreira Santos, que deixou o cargo ap�s declara��es em que defendia mais chacinas nas penitenci�rias brasileiras. A decis�o foi tomada de forma un�nime pelos integrantes do colegiado, que v�o agora analisar se houve quebra de decoro por parte do ex-secret�rio enquanto ocupava a fun��o.
De acordo com o presidente da comiss�o, Mauro Menezes, o fato de Bruno Moreira Santos n�o ocupar um cargo p�blico n�o impede que ele receba, por exemplo, a puni��o de censura �tica. Segundo Menezes, o ex-secret�rio ocupava um cargo de "escal�o elevado", embora tenha sido exonerado.
"Temos que enxergar [poss�veis puni��es] como verdadeiras mensagens claras, como delibera��es que tenham sentido e que de certa forma inibam que estas condutas se repitam. Neste caso, pode haver remessa para o Minist�rio P�blico ou para outros organismos", disse Menezes.
O presidente da comiss�o disse que nas pr�ximas horas ser� definido um relator para analisar o caso e, a partir da�, o ex-secret�rio ter� dez dias para se manifestar sobre as declara��es. Diferentemente de outras delibera��es, quando a Comiss�o de �tica � provocada a abrir procedimentos investigat�rios, esse processo foi aberto pelo pr�prio colegiado, a partir da an�lise do caso pela imprensa.
No in�cio do m�s, o ent�o secret�rio, conhecido como Bruno J�lio, pediu demiss�o ap�s repercuss�es negativas de uma entrevista que ele concedeu sobre os assassinatos ocorridos durante rebeli�o em um pres�dio de Roraima.
Na ocasi�o, ele disse que “tinha que matar mais [presos], tinha que fazer uma chacina por semana”.
Viagens em voos da FAB
Mauro Menezes informou tamb�m que foram solicitadas informa��es complementares ao Minist�rio da Defesa sobre o caso que apura a conduta de ministros de Estado ao utilizarem avi�es da For�a A�rea Brasileira (FAB) sem compromissos oficiais na agenda. De acordo com Menezes, apesar de manterem o relator [Marcelo Figueiredo], os integrantes do colegiado desmembraram as informa��es em 21 diferentes processos, um para cada ministro.