
“Ele n�o falou nada. Ele se reservou ao direito de falar somente em ju�zo. Na verdade o depoimento come�ou atrasado e, no procedimento normal da Pol�cia Federal e do Minist�rio P�blico, eles t�m que fazer as perguntas e em todas elas ele responde que se reserva ao direito de falar em ju�zo, por isso que demorou. N�o foi esse tempo todo que est�o noticiando. Foi bem menos do que isso”, informou o advogado, explicando porque o empres�rio permaneceu por mais de tr�s horas na Superintend�ncia.
“Ele vai passar a limpo [dar as informa��es] em ju�zo e esclarecer o que tem a esclarecer, eventuais acusa��es. Vai falar ao longo do processo. Na verdade, n�o existe processo ainda”, completou Martins.
Eike Batista deixou as depend�ncias da PF �s 18h46, acompanhado de quatro agentes, em um carro preto sem caracteriza��o da pol�cia. Antes, pouco depois das 17h, sa�ram de l� os procuradores Eduardo El Hage e Leonardo Cardoso de Freitas, que � o coordenador do grupo do Minist�rio P�blico Federal � frente das investiga��es das opera��es Calicute e Efici�ncia. De acordo com Fernando Martins, a perman�ncia do empres�rio no local por quase duas horas depois da sa�da dos procuradores se deu em consequ�ncia de procedimentos da Pol�cia Federal.
“A� foi procedimento da Pol�cia Federal. O depoimento j� tinha acabado. Foi um procedimento interno da Pol�cia Federal, talvez de log�stica. N�o sei dizer. Quando os procuradores sa�ram, terminou o depoimento”, contou.
Pedido de habeas corpus
O advogado disse que ainda n�o h� decis�o da Justi�a Federal sobre os pedidos de habeas corpus e de transfer�ncia para uma unidade de pol�cia em Benfica. “S�o pedidos em separado. Uma peti��o pedindo que ele fique em um local em Benfica e o habeas corpus que � uma quest�o jur�dica”, explicou.
O pedido de habeas corpus, segundo Martins, foi encaminhado ao Tribunal Regional Federal e ser� analisado pelo desembargador Abel Gomes. Eike Batista est� preso desde ontem (30) na Penitenci�ria Bandeira Stampa (Bangu 9), Complexo Penitenci�rio de Gericin�, em Bangu, na zona oeste.
Preso nas investiga��es da Opera��o Efici�ncia, Eike � suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrup��o que tamb�m atinge o ex-governador do Rio S�rgio Cabral, que est� preso. Ele e o executivo Fl�vio Godinho, seu bra�o direito no grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, s�o acusados de terem pago US$ 16,5 milh�es a Cabral em troca de benef�cios em obras e neg�cios do grupo, usando uma conta fora do pa�s.