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Estado de Minas

Advogado de Eike nega dela��o

Defensor do empres�rio desconversa sobre acordo, apesar de o ex-bilion�rio ter sinalizado que pretende colaborar com os investigadores da Lava-Jato para atenuar poss�vel pena


postado em 01/02/2017 00:12 / atualizado em 01/02/2017 12:50


Rio de Janeiro - O empres�rio Eike Batista dep�s ontem � tarde na sede da Superintend�ncia da Pol�cia Federal, na zona portu�ria do Rio, onde foi ouvido pelos titulares da Delegacia de Combate ao Crime Organizado e de Desvio de Recursos. Os procuradores Eduardo El Hage e Leonardo de Freitas, coordenador da for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato no Rio, acompanharam o depoimento. Mas n�o foi divulgada qualquer informa��o sobre o depoimento. O advogado de Eike, Fernando Martins, que acompanhou o empres�rio � PF, disse que “a princ�pio n�o h� possibilidade de dela��o” por parte do empres�rio. Eike entrou na PF �s 14h45 e dep�s durante duas horas. Preso na Penitenci�ria Bandeira Stampa, conhecido como Bangu 9, desde segunda-feira, ele chegou em uma caminhonete preta da PF, escoltado por outra viatura. Algumas pessoas esperavam a chegada do lado de fora e entoaram gritos de “ladr�o, ladr�o” no momento em que ele desembarcou, no estacionamento interno. Eike estava com uniforme de preso: cal�a jeans, camiseta e sand�lias. No depoimento, Eike confirmou que pagou US$ 16,5 milh�es de propina ao ex-governador do Rio S�rgio Cabral Filho, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Antes de embarcar para o Brasil, Eike sinalizou em entrevistas que pretende colaborar com as investiga��es, ao afirmar que vai mostrar “como as coisas s�o”. O advogado dele chegou a dizer, na porta do Pres�dio Ary Franco, na Zona Norte do Rio, que ainda n�o tinha estrat�gia de defesa definida. A expectativa � que ele opte por uma dela��o premiada, mas, para isso, ter� que negociar com o Minist�rio P�blico Federal (MPF).

A Secretaria de Administra��o Penitenci�ria informou que at� as 16h de ontem nenhum familiar registrou pedido de visita ao empres�rio no Complexo Penitenci�rio de Gericin�, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. O processo leva pelo menos 15 dias da entrada do pedido � concess�o de autoriza��o para visita. Eike � um dos nove alvos da Opera��o Efici�ncia, deflagrada na quinta-feira passada. Ele teve a pris�o preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal da Justi�a Federal do Rio. A Opera��o investiga um esquema que teria lavado ao menos US$ 100 milh�es em propinas para o grupo pol�tico do ex-governador S�rgio Cabral, preso em Bangu 8. O empres�rio � acusado de pagar propina de US$ 16,5 milh�es ao ex-governador do Rio.

Em depoimento prestado em maio do ano passado a dois procuradores da Rep�blica que integram a for�a-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, Eike disse que era preciso ficar alerta com as concess�es de empr�stimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). O depoimento espont�neo de Eike o livrou de ser preso na 34ª fase da Lava-Jato (Opera��o Arquivo X), deflagrada em setembro de 2016, que levou para a cadeia o ex-ministro Guido Mantega, solto no dia seguinte pelo juiz federal S�rgio Moro, de Curitiba. No depoimento, o empres�rio afirmou que estava disposto a colaborar com as investiga��es.

DEPOIMENTO Agora, ele � candidato a delator na Lava-Jato. Eike procurou a Lava-Jato h� oito meses para falar sobre seus dep�sitos na conta secreta do marqueteiro do PT Jo�o Santana (preso meses antes, acusado de receber propinas da Odebrecht). O empres�rio alertou os procuradores sobre as concess�es de empr�stimos e os bens oferecidos como lastro nas transa��es financeiras. “Voc� bota o que quiser (como garantia), uma fazenda que n�o vale nada, o cara avalia por um trilh�o de d�lares, � facil.” Eike falou sobre os contratos de constru��o das plataformas P-67 e P-70, vencidos pelo Cons�rcio Integra Offshore (formado pela Mendes J�nior e OSX Constru��o Naval) – neg�cios de US$ 922 milh�es, assinado em 2012.

O cerco contra Eike se fechou quando seu nome apareceu associado a uma conta de empresa offshore (a Golden Rock Foundation), que depositou valores na conta secreta do marqueteiro do PT. Eike decidiu ent�o buscar a Lava-Jato. Foi ouvido pelos procuradores da Rep�blica Roberson Pozzobon e Julio Motta Noronha, da for�a-tarefa, em Curitiba. O empres�rio contou que repassou R$ 5 milh�es para uma conta indicada pela mulher e s�cia do marqueteiro do PT, M�nica Moura, a pedido do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, mas negou tratar-se de propina.


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