Rio, 01 - O patrim�nio ilegal acumulado clandestinamente pelo ex-governador S�rgio Cabral Filho (PMDB) inclui diamantes e 4,5kg de ouro guardados em dois cofres alugados na Su��a. Em um dos dep�sitos, delatores avaliaram haver US$ 2 milh�es nesses ativos. Em outro, foram armazenados US$ 1,5 milh�o convertidos nas pedras preciosas. Os dois cofres ficam em Genebra, em locais distintos.
As informa��es foram fornecidas pelos operadores financeiros Renato e Marcelo Chebar, em dela��es ao Minist�rio P�blico Federal (MPF).
Os delatores tamb�m mencionaram a entrega de valores de 20 mil a 40 mil libras, em esp�cie, a Cabral. O repasse foi feito entre os dias 8 a 21 de outubro de 2011, em hotel em Londres. Os colaboradores apresentaram aos procuradores um extrato do banco Hapoalim, onde os valores entregues a Cabral foram sacados.
Renato Chebar confessou que a convers�o dos d�lares em pedras preciosas foi sugerida por ele, "pois vislumbrava dificuldade em depositar o montante em esp�cie". Segundo a dela��o, o operador de Cabral, Carlos Miranda, preso na Opera��o Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio, disse a Renato que um emiss�rio (cujo nome diz n�o recordar) lhe entregaria US$ 250 mil d�lares, em esp�cie.
Tr�s meses depois, Renato diz ter se encontrado com esse homem em um hotel em Zurique, na Su��a, onde recebeu o valor. Ap�s a entrega, Renato se deslocou de trem com a quantia para Genebra, onde , em 23 de novembro de 2011, comprou o ouro no banco BNP Paribas,.
Renato afirmou que em julho do mesmo ano adquiriu mais US$ 1,5 milh�o em diamantes, que foram depositados no mesmo cofre, onde, disseram, os ativos chegam a US$ 2 milh�es. A quantia veio de uma conta chamada Clawson, mantida no banco BSI Bahamas. Em 2016, Renato repetiu a opera��o, no mesmo valor. Desta vez diz ter depositado as pedras em um cofre perto do aeroporto de Genebra.
A reportagem n�o conseguiu contato com a defesa de Cabral sobre as acusa��es.