Pela segunda vez, Eike fica calado em depoimento

Rio de Janeiro, 08 - Pela segunda vez desde que foi preso, no dia 30 de janeiro, o empres�rio Eike Batista manteve-se calado em depoimento � Pol�cia Federal. Ele permaneceu quase seis horas, das 9h20 �s 15h10, na Superintend�ncia da PF no Rio. Na sa�da, seu advogado, Fernando Martins, disse que, seguindo sua orienta��o, ele n�o deu declara��es. Martins voltou a descartar dela��o premiada de Eike.

"Ele est� confiando na Justi�a", afirmou o advogado. Eike foi indiciado pela PF pelo crime de corrup��o ativa, lavagem de dinheiro e pertencimento a organiza��o criminosa. Ele est� preso em decorr�ncia da Opera��o Efici�ncia. No depoimento no dia 31, o empres�rio j� havia ficado calado.

O advogado o orientou a s� falar em ju�zo. Nas duas ocasi�es, o delegado fez todas as perguntas devidas ao depoente, e ele n�o as respondeu. O ex-governador do Rio de Janeiro S�rgio Cabral (PMDB), seu irm�o, Mauricio Cabral, e sua ex-mulher, Susana Neves Cabral, al�m de outras nove pessoas tamb�m foram indiciadas pela Efici�ncia. Cabral, pelos crimes de corrup��o passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento a organiza��o criminosa. O ex-governador j� havia sido indiciado em dezembro em inqu�rito da Opera��o Calicute. Eike � suspeito de ter pago US$ 16,5 milh�es em propina ao esquema liderado por Cabral para ter benef�cios em seus neg�cios.

Os demais indiciados s�o: Wilson Carlos Carvalho; Carlos Emanuel Miranda; Luiz Carlos Bezerra; S�rgio de Castro Oliveira; �lvaro Novis; Thiago de Arag�o Pereira e Silva; Francisco de Assis Neto e Flavio Godinho. Tamb�m estiveram na PF para prestar depoimento os acusados Hudson Braga, preso na Opera��o Calicute, que levou � cadeia o ex-governador, em novembro de 2016, �lvaro Novis, Ary Ferreira Filho, Francisco de Assis e Fl�vio Godinho - estes, presos posteriormente. O advogado de Ary Ferreira Filho, Michel Assef, disse que, depois de nove dias preso em Bangu, o estado de Eike � "bom". O empres�rio chegou e deixou o pr�dio da PF na traseira do cambur�o da PF.