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Estado de Minas

Investigado, Lob�o � indicado para presidir Comiss�o de Constitui��o e Justi�a


postado em 08/02/2017 17:07

Bras�lia, 08 - Investigado na Lava Jato, o senador Edison Lob�o (PMDB-MA) foi indicado pelo seu partido para presidir a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ). Para isso, ele contou com o apoio do l�der da legenda, Renan Calheiros (AL), e do ex-presidente Jos� Sarney. Ap�s a desist�ncia de Raimundo Lira (PB), que tamb�m pleiteava a vaga, Lob�o foi eleito por aclama��o.

Lob�o � alvo de inqu�rito no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente integrar um grupo do PMDB no Senado que agiu como organiza��o criminosa para fraudar a Petrobras. Ele tamb�m � investigado por ter atuado para desvios nas usinas de Belo Monte e Angra 3, quando ministro de Minas e Energia do governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Segundo Lob�o, investiga��es "n�o devem gerar constrangimento para ningu�m". "Se h� acusa��es caluniosas contra mim, � bom que haja investiga��o para que a den�ncia seja arquivada, assim como j� ocorreu em outros casos." No ano passado, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento de dois inqu�ritos contra o senador no STF.

O parlamentar disse que a disputa pela presid�ncia da CCJ n�o deixar� arestas na bancada do PMDB e que manter� a amizade com Lira. O advers�rio, por outro lado, afirmou que n�o quis disputar na bancada porque houve "inger�ncia externa" na elei��o. "E n�o foi o governo", completou. Questionado se a interfer�ncia seria de Sarney, ele respondeu: "n�o sou eu quem est� dizendo".

Ao perceber que a c�pula do PMDB apoiava Lob�o, Lira cogitava disputar de forma avulsa na CCJ, onde considerava ter a maioria dos votos. Instantes antes da elei��o, ele acabou desistindo da empreitada alegando que seria melhor "evitar constrangimentos". "N�o posso ser candidato avulso porque retirei meu nome para ser membro da CCJ", alegou.

A indica��o do PMDB ainda precisa ser referendada de maneira simb�lica na CCJ. Com a confirma��o de Lob�o na presid�ncia, ele organizar� a sabatina do ministro licenciado Alexandre de Moraes, indicado por Michel Temer para substituir Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF), morto em janeiro. Lob�o disse que precisa ser eleito oficialmente para instalar a CCJ. "N�o vamos colocar os carros na frente dos bois", brincou.

Belo Monte

Em depoimento prestado em setembro de 2016 � Pol�cia Federal, o ex-gerente de Rela��es Institucionais da Camargo Corr�a Gustavo da Costa Marques afirmou ter pago propina em dinheiro em esp�cie ao senador peemedebista no esquema de corrup��o nas obras da Usina de Belo Monte. Costa Marques, que trabalhou por 16 anos para a Camargo, � um dos colaboradores do acordo de leni�ncia firmado pela construtora e v�rios de seus dirigentes com o Minist�rio P�blico Federal (MPF) no Paran�. Em 2011, ele passou a ser o respons�vel pelo escrit�rio de representa��o da empresa em Bras�lia e a ter liga��es com Lob�o.

Os delatores da Camargo admitiram que 1% do valor do contrato da usina, tocado pela empresa em cons�rcio com a Andrade Gutierrez e a Odebrecht, era repassado a pol�ticos do PT e do PMDB. Conforme depoimentos j� revelados, ao menos R$ 2 milh�es foram pagos a Lob�o por, supostamente, ter ajudado a criar o cons�rcio e para que n�o impusesse obst�culos � obra. O caso � investigado em inqu�rito sigiloso no Supremo. Lob�o nega.


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