A Pol�cia Federal informou nesta segunda-feira que, diferentemente do que sustenta a Associa��o Nacional dos Delegados de Pol�cia Federal (ADPF), houve refor�o no n�mero de delegados respons�veis por inqu�ritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal, aqueles que t�m como alvo pol�ticos com foro privilegiado.
Nesta segunda, o delegado da PF e integrante da ADPF Jos� Augusto Campos Versiani protocolou, no Pal�cio do Planalto, um of�cio ao presidente Michel Temer em que a entidade pede a troca do diretor-geral da corpora��o, Leandro Daiello.
No of�cio assinado pelo presidente da ADPF, Carlos Sobral, a entidade diz que a mudan�a no comando da corpora��o � "salutar para a institui��o e para a continuidade das grandes opera��es policiais". A associa��o atribui � gest�o de Daiello a sa�da de delegados da for�a-tarefa da Lava Jato e v� risco de preju�zo �s investiga��es com a perman�ncia do atual chefe.
A PF n�o comentou o pedido de substitui��o de Daiello. Fontes da corpora��o, reservadamente, sustentam ainda que a iniciativa da entidade tem motiva��o pol�tica, j� que o presidente da ADPF, Carlos Sobral, foi filiado ao PT de Ribeir�o Preto por sete anos - ele se desfiliou em 2004.
Nesta segunda, a decis�o de abrir uma campanha para derrubar o diretor-geral foi aprovada em assembleia. De 295 votantes, 212 foram favor�veis � troca. O n�mero representa 12% do total de delegados da ativa e aposentados. Daiello foi nomeado em 2011.
Versiani disse que � preciso ter um delegado que tenha "compromisso com seus pares". "O presidente sabe da necessidade de uma a��o decisiva neste sentido. De garantir que ser� dada continuidade (� Lava Jato) e que a atua��o da PF ser� cada vez mais isenta e aut�noma."
A investida da categoria coincide com a sa�da do delegado M�rcio Anselmo da Lava Jato. Ele foi transferido para a Corregedoria da PF no Esp�rito Santo, alegando "esgotamento f�sico e mental". Anselmo � o quinto delegado da PF a deixar a Lava Jato, desde o in�cio da opera��o.
No Planalto, a troca do comando da PF n�o est� no radar do governo, que tem de definir o ministro da Justi�a. A PF � subordinada � pasta, que est� com o interino Jos� Levi ap�s a licen�a de Alexandre de Moraes, indicado para o Supremo.