(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Mineiro Carlos Velloso ganha for�a para assumir Minist�rio da Justi�a

Com o perfil desejado por Michel Temer, ex-presidente do Supremo � sondado para a vaga de Alexandre de Moraes


postado em 15/02/2017 06:00 / atualizado em 15/02/2017 07:36

Velloso tem o aval do PSDB, embora não tenha o apoio formal(foto: Breno Fortes/CB/D.A Press)
Velloso tem o aval do PSDB, embora n�o tenha o apoio formal (foto: Breno Fortes/CB/D.A Press)

Amigo de longa data do presidente Michel Temer, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso est� mais pr�ximo de se tornar ministro da Justi�a. O mineiro de Entre Rios de Minas teve um encontro a s�s nesta quarta-feira com o presidente e a conversa n�o terminou. “O presidente da Rep�blica recebeu em audi�ncia na tarde de hoje o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, doutor Carlos Velloso. O presidente seguir� conversando com o antigo amigo e ex-ministro nos pr�ximos dias”, afirmou o porta-voz da Presid�ncia, Alexandre Parola.


A reportagem apurou que o ex-ministro foi novamente sondado para o cargo. E que ele teria ficado balan�ado com o novo convite vindo do presidente. A interlocutores, disse que a conversa foi boa, mas n�o adiantou nada. Aliados de Temer admitem que o nome do ex-ministro do STF se enquadra perfeitamente no perfil procurado para o cargo. Al�m disso, conta com as b�n��os do PSDB, tem um excelente tr�nsito no Supremo e � juiz federal de carreira, o que agrada � magistratura e o MP.

A audi�ncia ocorreu �s 16h. Mais cedo, Temer conversou com o presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG). Os tucanos avalizam o nome de Velloso, mas n�o querem assumir publicamente a indica��o, para n�o comprar mais uma briga com o PMDB. Os dois partidos est�o em fase de estranhamento ap�s a nomea��o do deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) para a Secretaria de Governo.

Na semana passada, Temer e Velloso j� haviam conversado sobre o Minist�rio da Justi�a, mas, em um primeiro momento, recusou o convite. Preferia permanecer na advocacia. Mas as reviravoltas pol�ticas dos �ltimos dias fizeram Temer procurar novamente o amigo.

Rodrigo Pacheco


O PMDB, particularmente a bancada de deputados, queria o Minist�rio da Justi�a. J� tinha, inclusive, o nome engatilhado para ser o cargo: Rodrigo Pacheco, mineiro, advogado, com nome consolidado no meio jur�dico. Os peemedebistas estavam inquietos.

Mas declara��es e a��es pret�ritas e Pacheco sepultaram as chances o mineiro. O peemedebista votou em medidas que endurecem a fiscaliza��o de ju�zes e procuradores contra o abuso de autoridade, no pacote anticorrup��o e tamb�m apontou a banaliza��o da dela��o premiada, que tem sido essencial para a Opera��o Lava-Jato. “Porque, num universo de 20, de 30 criminosos, se todos fazem a dela��o, e se tem permitido fazer isso, fulmina o que � a raz�o de ser do instituto e acaba por gerar, sim, impunidade, porque todos se valem do benef�cio para todos sa�rem, no fim das contas”, afirmou.

E n�o foi s�. Em entrevista como conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, em 2013, ele tamb�m criticou o Minist�rio P�blico. “H� uma divis�o de atribui��es e compet�ncias muito clara na Constitui��o. Entretanto, em raz�o de casos concretos que surgiram nos �ltimos anos, o MP inaugurou procedimentos administrativos criminais an�logos a inqu�ritos policiais, investigando fatos crimes, servindo aquela investiga��o, unilateral do MP, para propositura por ele mesmo, MP, de a��es penais”, afirmou o deputado � �poca.

Vota��o

O Planalto chegou a cogitar abrir m�o de um nome essencialmente t�cnico para entregar a vaga ao PMDB. Isso porque temia que a bancada de deputados do partido prejudicasse o governo na vota��o da reforma da Previd�ncia e em outros projetos importantes em tramita��o no Congresso. O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu, em palestra interna a representantes da �rea da sa�de, que a capacidade de angariar votos � fundamental para definir quem � ou n�o ministro.

“Quer�amos montar um minist�rio de not�veis. At� sondamos um m�dico conhecido de S�o Paulo para a Sa�de. Mas avisamos ao PP que a pasta era deles. Dias depois, eles me procuraram para afirmar que o not�vel do partido era o deputado Ricardo Barros. Avisei ao presidente e ele disse: n�o tem jeito, ent�o”, lembrou Padilha.

Os peemedebistas sabem disso e estavam enciumados, sentindo-se desprestigiados. Al�m de perder a Secretaria de Governo ap�s a sa�da de Geddel Vieira Lima, ainda alegavam que, mesmo tendo a maior bancada, tiveram que ceder a presid�ncia da C�mara para Rodrigo Maia (DEM-RJ). Caso o PMDB perca, de fato, o Minist�rio da Justi�a, a legenda ainda poder� ser contemplada com a presid�ncia da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a da C�mara, a principal da Casa.

 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)