"N�o tivesse Eduardo Cunha perdido a prerrogativa de ser julgado pelo Supremo ele estaria preso?", questionou o ministro Marco Aur�lio, destacando que o peemedebista est� sob cust�dia h� tr�s meses e 26 dias - o juiz Moro mandou prender Eduardo Cunha em outubro de 2016.
O ministro criticou as pris�es provis�rias, marca da Opera��o Lava Jato.
"A pris�o provis�ria se tornou no Brasil uma esperan�a para a sociedade, uma regra atropelando-se a ordem natural do processo crime", disse ele.
"N�o sei se posso chamar as pris�es de provis�rias ante a dura��o das pris�es. Em �poca de crise, principalmente, devemos guardar princ�pios, garantias constitucionais, franquias constitucionais e, quanto mais grave a imputa��o, maior deve ser o cuidado quanto � observ�ncia dessas franquias."
"Penso que vem ocorrendo no Brasil como se n�o estivesse em vigor o C�digo de Processo Penal. Vem ocorrendo generaliza��o sem tamanho e generaliza��o projetada no tempo da pris�o provis�ria. J� perdura a tr�s meses e 26 dias (a pris�o provis�ria de Cunha) e n�o sei a prevalecer a �tica da maioria quanto tempo ainda ficar� o agravante (Cunha) preso para talvez quem sabe vir a lograr, e a esperan�a do homem n�o pode ser afastada, vir a lograr o implemento de uma ordem."
Marco Aur�lio criticou o que chamou de 'justi�amento, ato de constri��o extremo que � a pris�o antes de a culpa selada'.
"O que estamos a julgar neste processo? Estamos a julgar Eduardo Cunha? A definir a culpa de Eduardo Cunha? N�o estamos a julgar o acusado, at� aqui simples acusado, muito embora j� crucificado pela opini�o p�blica."