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Estado de Minas

Dela��o da Odebrecht cita R$ 7 mi a ministro do PRB


postado em 19/02/2017 12:13 / atualizado em 19/02/2017 12:39

Bras�lia - O ministro da Ind�stria, Com�rcio Exterior e Servi�os, Marcos Pereira, negociou um repasse de R$ 7 milh�es do caixa 2 da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014, segundo depoimento que integra a dela��o da empreiteira na Lava Jato. Os recursos, entregues em dinheiro vivo, compraram apoio do partido ent�o presidido por Pereira � campanha de reelei��o de Dilma Rousseff, que tinha Michel Temer como vice.

O dinheiro dado ao PRB fazia parte de um pacote maior, que envolvia tamb�m o apoio de PROS, PCdoB, PP e PDT � chapa governista. Ao todo, a Odebrecht colocou cerca de R$ 30 milh�es na opera��o, como o Estado revelou em dezembro. O acordo � descrito, com diferentes peda�os da hist�ria, nas dela��es de Marcelo Odebrecht, ex-presidente e dono da empreiteira, e dos executivos Alexandrino Alencar e Fernando Cunha.

Sexto ministro de Temer citado na Lava Jato, na �poca Pereira tratou pessoalmente do assunto com Alexandrino, um dos 77 executivos da Odebrecht que fizeram acordo de dela��o j� homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com as dela��es, Pereira esteve mais de uma vez na sede da Odebrecht em S�o Paulo para combinar como e a quem o dinheiro, entregue em parcelas, deveria ser repassado. O ministro rebate as afirma��es dos delatores. “Eu desconhe�o essa opera��o. Comigo n�o foi tratado nada disso”, disse. “Dela��o n�o � prova (mais informa��es nesta p�gina).”

Presidente licenciado do PRB, Marcos Pereira � homem forte no partido fundado por integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus ap�s o esc�ndalo do mensal�o. Ao Estado, ele contou que ajudava a arrecadar recursos para campanhas do seu partido, que tem 23 deputados, um senador e comanda a prefeitura do Rio, com Marcelo Crivella. A pasta da Ind�stria, embora tenha perdido poderes com Temer, continua sendo uma das mais relevantes do governo.

TV

O apoio do PRB e dos outros quatro partidos garantiu � chapa Dilma-Temer 2 minutos e 39 segundos a mais na propaganda eleitoral de televis�o - totalizando mais de 11 minutos, ante apenas 6 minutos de A�cio Neves, o candidato do PSDB. O PRB recebeu R$ 7 milh�es em troca de 20 segundos por dia de campanha. Segundo os relatos dos executivos da Odebrecht, a empreiteira agiu a pedido de Edinho Silva, ent�o tesoureiro da campanha de Dilma e hoje prefeito de Araraquara (SP), realizado num encontro com Marcelo e Alexandrino em S�o Paulo.

Feito o acerto, de acordo com os depoimentos, Alexandrino ficou encarregado de fazer com que PCdoB, PROS e PRB recebessem R$ 7 milh�es cada um do departamento de propinas da Odebrecht. Fernando Cunha mandou R$ 4 milh�es para o PDT. O Estado n�o conseguiu confirmar como foi a negocia��o com o PP.

Edinho Silva nega o acerto com a Odebrecht. “N�o participei de tratativas com os partidos na �poca das composi��es. Eu ainda n�o era coordenador financeiro”, afirmou. Procurada, a Odebrecht informou que n�o iria se manifestar.

Os relatos de que houve compra de apoio partid�rio para a campanha Dilma-Temer poder�o ser analisados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo que investiga abuso de poder pol�tico e econ�mico na campanha. O Estado apurou que o relator, ministro Herman Benjamin, decide nesta semana se vai requisitar os depoimentos, que est�o na Procuradoria-Geral da Rep�blica.


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