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Estado de Minas

Eun�cio tenta se descolar da gest�o de Renan no Senado

O presidente do Senado quer se desvencilhar dos nomes envolvidos na Lava-Jato


postado em 20/02/2017 08:07 / atualizado em 20/02/2017 10:29

O presidente do Senado, Eun�cio Oliveira (PMDB-CE), tenta descolar sua imagem da do seu antecessor, Renan Calheiros (PMDB-AL), e de outros caciques peemedebistas da Casa que s�o investigados na Opera��o Lava-Jato, como o l�der do governo no Congresso, Romero Juc� (PMDB-RR), e o presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), Edison Lob�o (PMDB-MA).

Na quinta-feira passada, dia 16, Eun�cio despachou de volta para a C�mara o projeto 10 Medidas Contra a Corrup��o, que foi aprovado pelos deputados com altera��es. Depois de seguir para o Senado, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux determinou, em dezembro, a devolu��o do pacote para as C�mara, mas a decis�o foi ignorada por Renan, ent�o presidente do Senado. Em conversas reservadas, Eun�cio teria dito que n�o teria a mesma postura de enfrentamento com o Judici�rio de seu antecessor.

Linha sucess�ria


No dia anterior, Eun�cio j� havia atuado como "conciliador" em uma pol�mica criada pelo colega de bancada Romero Juc�. Foi ele quem pediu a Juc� para retirar de tramita��o a proposta de emenda � Constitui��o (PEC) que blindava todos os membros da linha sucess�ria de serem investigados pela Justi�a por atos cometidos antes do mandato. A proposta beneficiaria diretamente o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado.

Eun�cio alegou desconhecer o projeto e, ap�s repercuss�o negativa, foi ao gabinete de Juc� pedir que ele retirasse a proposta. "Fui pessoalmente conversar com ele. Fiz um apelo para que retirasse e ele j� retirou, n�o consta mais no sistema", afirmou o presidente do Senado na ocasi�o. O receio do peemedebista era de que a opini�o p�blica se voltasse contra ele, que seria beneficiado pelo projeto. "N�o poderia fazer tramitar essa proposta, ia parecer que eu estava legislando em causa pr�pria".

Eun�cio, que n�o � investigado, foi citado na Lava Jato. Uma eventual aprova��o do projeto impediria o STF de abrir um inqu�rito contra ele. Maia tamb�m teve o nome mencionado no �mbito da opera��o.

Sabatina


Em outra ocasi�o, Eun�cio tamb�m se distanciou da articula��o para antecipar a sabatina do ministro licenciado da Justi�a, Alexandre de Moraes, indicado para o cargo de ministro do Supremo. Enquanto Juc� e Renan operavam na CCJ para acelerar o processo, Eun�cio afirmava que n�o via raz�o para antecipar os questionamentos a Moraes. Juc� e Renan acabaram vencidos. A sabatina do ministro licenciado est� marcada para esta ter�a-feira, 21.

Novamente em lados opostos, Eun�cio e Renan divergiram sobre a distribui��o de comiss�es. Eun�cio passou as duas primeiras semanas insistindo que os l�deres acertassem as presid�ncias dos colegiados com base na proporcionalidade. Ele chegou a alfinetar o ex-presidente da Casa. "Esse n�o ser� o Senado da Agenda Brasil nem da pauta do presidente, ser� o Senado das comiss�es", afirmou Eun�cio, em refer�ncia � pauta que Renan tentou aprovar durante seu mandato.

Apesar de tentar buscar uma imagem de "independ�ncia" de seus correligion�rios implicados na Lava Jato, o presidente do Senado, que est� no primeiro mandato, sempre foi pr�ximo dos caciques do PMDB. Mesmo com as diverg�ncias dos �ltimos dias, interlocutores afirmam que Eun�cio trabalha em conjunto com Renan e Juc�.

"Renan � muito forte e Eun�cio � muito forte. Renan s� � l�der e Eun�cio s� � presidente porque jogam juntos. Essa divis�o est� na cabe�a de voc�s", disse Lob�o ao ser questionado sobre a tentativa de distanciamento do presidente da Casa.


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